Sem ordem, não há progresso. E sem progresso, nenhuma sociedade fica de pé!
- Pedro Papastawridis

- 14 de dez. de 2020
- 2 min de leitura
Certa vez, alguém disse que o Brasil só iria crescer e se desenvolver quando se interessasse por política da mesma forma que se interessa por futebol. Contudo, interessar-se por política sem se interessar pela vida em sociedade é meio caminho em direção ao caos.
Passando hoje pela esquina das ruas Maxwell e Silva Teles, localizadas na região da Grande Tijuca (Rio de Janeiro/RJ), algo chamou a atenção: inúmeros fios e cabos arrebentados e caídos pelo chão, além de uma placa de rua depredada. Trata-se de mais um caso de vandalismo numa cidade cada vez mais esquecida pelo Poder Público. Mas não uma cidade qualquer. Estamos falando da segunda cidade mais populosa do Brasil, residência de políticos como Marcelo Crivella, Wilson Witzel (cuja residência fica a uns 2 quilômetros do local supracitado), Cláudio Castro, Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro.
Alguns dirão que isso pouco importa. Mas isso importa muito, pois revela a degradação de uma sociedade na qual cada um se preocupa cada vez mais com suas liberdades individuais em detrimento do interesse coletivo. E o relaxamento em relação aos cuidados contra a Covid-19, assim como os próprios casos de vandalismo em regiões da capital fluminense, expõem um pouco dessa degradação social.
Quando uma pessoa que vive numa sociedade e se beneficia da vida social resolve dar as costas para o bem-estar coletivo, ela não está agindo somente em desrespeito à coletividade da qual se locupleta. Essa pessoa produzindo fissuras na sociedade que estimulam outras pessoas a agirem em desrespeito aos valores e às regras que permeiam as relações sociais. Uma vez que todos passam a agir de maneira sociopata, as bases de uma sociedade que se sustenta em valores como o respeito à vida, à liberdade, à propriedade privada e à democracia começam a ruir. Disso tudo, só restará um espaço em que ninguém será capaz de conviver com outrem, aumentando a desordem pública, inibindo o progresso e abrindo o caminho para a atuação de gangues, organizações criminosas e tiranos. Ao final, o que antes era um espaço com uma sociedade organizada passará a ser uma terra arrasada, na qual nada que se queira plantar dará frutos.
Quando o fornecimento de água, luz, gás e telefonia cessa numa casa, a responsabilidade por buscar a resolução desse problema é de quem reside nesse local. Mas quando esses problemas ocorrem numa rua ou num bairro inteiro, a responsabilidade não é só do vizinho ou do síndico, e sim de todos nós, o que demanda de cada um que seja feita a própria parte em benefício próprio e dos outros. E o mesmo raciocínio vale quando um cidadão se depara com situações de desordem pública e de ocorrência de crimes, devendo comunicar às autoridades competentes os fatos de que tomou conhecimento. Sem isso, não haverá ordem na vida em sociedade. E sem ordem social, não haverá progresso para ninguém. Somente a desordem, a violência e a doença.
Isso posto, não espere que os outros decidam por você. Faça a diferença e seja cidadão, zelador e cogestor da cidade em que você vive, porque administrar é preciso.
Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!





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