Segurança, estabilidade e ética são fundamentais à sustentabilidade dos negócios

Digamos que você busca um lugar para morar e dispõe de recursos suficientes para adquirir uma casa. Se você tiver confiança em que o local pretendido para obter um imóvel se manterá por décadas com as mesmas condições de segurança e gozará dos fatores virtuosos que levaram você e sua família a se estabelecerem ali, seguramente que empregará os seus esforços na compra de uma casa nessa localidade.

Agora, digamos que você resolveu estudar o local mais a fundo e concluiu que a segurança e os fatores virtuosos que o incentivam a morar ali devem se manter por mais 10 anos. Apesar da incerteza em relação ao que virá após esse período, você decide morar na região, mas já pensando no momento para desmobilizar recursos e partir para outro lugar. Afinal de contas, após 10 anos o seu patrimônio corre o risco de se desvalorizar severamente, além do provável comprometimento da sua segurança e a de seus familiares.

Por fim, pensemos num cenário em que seus levantamentos sobre onde morar fizeram você concluir que o “lugar dos sonhos” corre o risco de se tornar um pesadelo nos próximos 5 anos. Por acaso, você empregará suas economias na compra de uma casa nesse local, ou buscará uma outra região que sirva de porto seguro para você e sua família a longo prazo?

Decisões envolvendo avaliação de cenários, tais como os cenários acima descritos envolvendo a aquisição de um imóvel, são muito comuns em grandes empresas e instituições que lidam com financiamento de projetos. E isso se deve à necessidade de garantir que os recursos empregados por sócios, acionistas e investidores em geral retornem com a devida retribuição (juros, dividendos, etc.) num horizonte de tempo razoável e adequado ao investimento feito. Afinal de contas, ninguém quer sacrificar seu dinheiro e sua paz de espírito numa empreitada de alto risco e retorno incerto.

Quando trazemos esse tipo de análise para o contexto de um país, aspectos como segurança jurídica, estabilidade político-institucional e ambiente de negócios ético são fundamentais para uma nação inspirar confiança em empresas e investidores e, com isso, atrair recursos financeiros, materiais, tecnológicos e humanos de longo prazo. Pois é assim que um país se desenvolve em bases sustentáveis, gerando empregos e renda para as famílias, lucro para as empresas, prosperidade coletiva duradoura e bem-estar geral. Do contrário, ninguém se proporá a deixar recursos nesse lugar, buscando outros países que sejam capazes de produzir um ambiente de negócios com segurança, estabilidade e retidão de condutas a perder de vista.

Ao ameaçar instituições democráticas, incitar militantes a realizarem arapongagens, perseguições e assassinato de reputação de opositores e promover campanhas de desinformação e perturbação social, atores políticos como Bolsonaro e Lula prestam um desserviço à economia, ao bem-estar social e aos bons costumes tão necessários à sustentabilidade nacional. Agindo dessa forma, escancaradamente ou de maneira subliminar, Lula, Bolsonaro e seus respectivos lacaios fazem o Brasil ficar cada vez mais distante do capital de longo prazo e deixam o país cada vez mais nas mãos de quem especula com a nação e a vida dos brasileiros, produzindo inflação, escassez e pobreza coletiva a médio e longo prazos.

Diante do exposto, fica a reflexão acerca do tipo de ambiente de negócios que os brasileiros querem para o Brasil, já que a prosperidade duradoura só existe onde houver paz duradoura, certeza sobre a garantia dessa paz e bons comportamentos que reforcem e assegurem a paz. Sem isso, só restará às pessoas de boa vontade, bom senso e com recursos buscarem outro lugar para estabelecerem seu porto seguro, pois um ambiente de terra arrasada só interessa a quem prospera no caos e leva uma vida de vazio existencial.

Um forte abraço a todos, sobretudo aos amigos de Saquarema/RJ, e fiquem com Deus!