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Onda à esquerda na América do Sul: 2022 será a vez do Brasil também?

  • Foto do escritor: Pedro Papastawridis
    Pedro Papastawridis
  • 20 de jun. de 2022
  • 2 min de leitura

Argentina, Peru, Chile e, agora, Colômbia. O que os quatro países sul-americanos têm em comum neste começo de década?


Se você pensou em países cuja direita política deu lugar no poder à esquerda, acertou! Com a recente eleição de Gustavo Petro na Colômbia, a América do Sul avança com um fenômeno político que ganhou força com o fracasso de gestões de direita em implementarem suas respectivas agendas nesses países ao longo da última década. No caso da Colômbia, esse fenômeno foi ainda mais notório, na medida em que Petro é o primeiro presidente de esquerda eleito na Colômbia neste século XXI.


Com a escalada da pobreza, da inflação e das desigualdades entre os mais ricos e os mais pobres na região, a direita sul-americana foi perdendo força e ganhando a repulsa do eleitorado de baixa renda, que também é o mais numeroso nos países da América do Sul. Em vista disso, a esquerda com sua militância política engajada foi recuperando espaços de poder e ganhando eleições nos últimos anos, robustecendo a rede de apoio político à esquerda que disputa as eleições presidenciais no Brasil em outubro.


Todavia, não pensem que a mudança de rumos políticos pode representar a esperança de dias melhores na América do Sul. Numa região do globo terrestre em que a corrupção de alguns grupos políticos e de instituições públicas vem fragilizando valores republicanos e democráticos, somada ao crescimento das narcomilícias em países como Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai e Brasil, torna-se arriscado apostar em programas de governo consistentes e sustentáveis conduzidos por um espectro de poder que costuma fazer do inchaço da máquina pública um ótimo negócio para si próprio em detrimento do restante da coletividade.


No caso do Brasil, a situação política é ainda mais sensível, pois estamos falando do possível retorno ao poder de um grupo que esteve envolvido em esquemas como Mensalão e Petrolão. Para tanto, esse grupo canhoto vem se valendo da incompetência e da baixeza moral de Jair Messias Bolsonaro, jogando no erro deste e conquistando a simpatia de parte do eleitorado que desenvolveu ódio e nojo pela postura desleixada com que Bolsonaro sempre tratou a coletividade brasileira.


À luz do exposto, fica o alerta sobre esse movimento à esquerda que avança na América do Sul. Agora, cabe aos setores da sociedade brasileira não-polarizados politicamente definirem quais são as prioridades nacionais de curto, médio e longo prazos que devem ser implementadas no país, a fim de se costurar uma via política alternativa à dicotomia esquerda-direita, que não soma e só pensa em dividir o que é dos outros. O Brasil não possui mais o direito de errar com aventureiros e oportunistas que fazem da polarização política e da fragilização da democracia brasileira um ótimo negócio. O momento nacional requer responsabilidade no trato da coisa pública, idoneidade moral e a busca do caminho do meio, no qual não haja espaço, tampouco tolerância com "meninos marginais" e milicianos.


Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!

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©2020 por Pedro Papastawridis em: Blog do Papa (blogdopapa.com).

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