Depois dos Wokes de Lula e STF e dos Minions de Bolsonaro, chegou a vez da mandioca de Gusttavo Lima?
- Pedro Papastawridis
- 3 de jan.
- 2 min de leitura
De onde menos se espera, daí é que não sai nada. Com essas palavras atribuídas ao folclórico Barão de Itararé é que 2025 começa num Brasil mal-acostumado a um ambiente público contaminado pelos Wokes de Lula e STF e pelos Minions de Bolsonaro. Entretanto, eis que surge para 2026 uma média entre esses dois extremos: a mandioca de Gusttavo Lima.
Ontem (02/01/2025), o Embaixador, como Gusttavo Lima também é conhecido no meio musical sertanejo, contou ao Portal Metrópoles sobre o desejo de ingressar na política a partir das eleições do próximo ano. A surpresa ficou por conta do desejo do cantor sertanejo em se candidatar à Presidência da República, cargo para o qual já são especuladas algumas tralhas como Lula, Bolsonaro (declarado inelegível pelo TSE em 2023), Ronaldo Caiado e Pablo Marçal. A depender da saúde de Lula e da permanência da inelegibilidade de Bolsonaro, respectivamente, Janja e Eduardo Bolsonaro devem compor esse show de horrores que a já desgastada democracia brasileira assistirá em 2026.
Para quem ainda não conhece Gusttavo Lima, trata-se de um cantor sertanejo que se habituou nos últimos 10 anos a promover espetáculos com altos cachês e multidões e acumular amizades/alianças no mundo político, com destaque para o Clã Bolsonaro e Ronaldo Caiado. De estilo cativante e divertido, o Embaixador tenta se colocar como uma figura política moderada na disputa presidencial do próximo ano, ainda que não tenha apresentado até o momento quaisquer projetos de país que indiquem o que a sociedade brasileira pode esperar dele.
No entanto, não basta arrastar multidões, fazer amigos políticos e influenciar pessoas para entrar numa disputar presidencial com chances de ganhar. O Brasil é um país que se habituou a normalizar o anormal, como a alta incidência de homicídios, a glamourização das drogas e da marginalidade e o acúmulo das funções de investigar, acusar, julgar, legislar e governar nas mãos de uma Corte que se considera suprema sem ter um voto popular sequer. Portanto, é preciso muito mais que "tchê tcherere tchê tchê" para conseguir ocupar a cadeira presidencial. É necessário apresentar um projeto socioeconômico que convença o povo de que o Embaixador é a melhor opção; costurar alianças políticas que sejam capazes de dar sustentação e garantir a governabilidade do candidato à Presidente; e, num país em que o STF se habituou a ser Poder Moderador, garantir a elegibilidade para 2026.
Enquanto isso, nós, eleitores-contribuintes, seguimos nossas vidas no transporte público caro e lotado das grandes cidades, lidando com a alta do custo de vida que o IBGE, a FGV e a Rede Globo não conseguem enxergar e, caso sobrevivamos à ação cada vez mais ostensiva e impune da criminalidade, começando o ano com o carnê do IPTU chegando em dia para pagarmos. Quanto aos direitos e garantias fundamentais do eleitor-contribuinte, ficaram somente na Constituição Federal de 1988, cedendo lugar na vida real aos Wokes de Lula e STF, aos Minions de Bolsonaro e, quiçá, à mandioca de Gusttavo Lima (que o cantor Leonardo provou e aprovou).
Um forte abraço a todos e que Deus ainda tenha misericórdia desta nação!
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