Os impactos da violência para o turismo nacional e como evitar esse mal
- Pedro Papastawridis

- 16 de set.
- 3 min de leitura
Experimente sair pelas ruas das principais cidades da Espanha, de Portugal ou da Itália durante o verão europeu. Nesses locais, há tanta gente circulando por ruas, teatros, museus, cafés e restaurantes, que parece que estamos transitando em meio a um enorme desfile de Carnaval!
Como isso é possível lá e não aqui? Como um continente com um território de dimensões similares ao nosso recebe muito mais visitantes durante todo o ano do que a terra em que, nos dizeres de Pero Vaz de Caminha, em se plantando tudo dá?
A resposta está na violência que permeia a vida da sociedade brasileira e, cada vez mais, a dos turistas que aqui visitam. Afinal de contas, quem retorna à casa de outrem quando é maltratado? Nesse âmbito, está faltando ao Brasil aprender e empregar a hospitalidade grega que Ulisses recebia em muitos dos lugares por onde esteve em sua odisseia de retorno a Ítaca!
Considerado o motor de muitas economias, sobretudo em nações ricas em história e/ou paisagens naturais como Malta, Maldivas e diversas ilhas caribenhas, o turismo conecta culturas diferentes e contribui para a geração de empregos, renda e progresso de muitas sociedades. Foi assim que países como Aruba, Grécia e Portugal conseguiram impulsionar seus respectivos PIBs nas últimas três décadas e poderia ser assim no caso do Brasil, se não fosse pela escalada de crimes e impunidade com a qual a população à margem dos Três Poderes (ou seja, quase 210 milhões de brasileiros) tem que lidar cotidianamente.
Para piorar esse cenário, o “gringo” passou a ser alvo da criminalidade em muitos destinos turísticos, sobretudo no Rio de Janeiro do falso profeta Jair Messias, do pusilânime Cláudio Castro e do cosplay de corretor imobiliário Eduardo Paes. Os casos recentes de quadrilhas especializadas em “Boa Noite, Cinderela” agindo na Lapa, na Pedra do Sal e em Copacabana só revelam o que as autoridades locais tentam ocultar por trás de muita publicidade e propaganda em veículos de comunicação, influencers, shows e luzes.
Como nem todo mundo possui os serviços de inteligência e de segurança privada 24 horas por dia de que “Suas Excelências” dispõem, o Blog do Papa deixa algumas dicas para quem vier fazer turismo no Brasil, sobretudo no Rio de Janeiro, sem que isso venha a esgotar o debate acerca da necessidade de mais segurança pública, ordem e progresso para todos:
Para começar, estude e planeje seu roteiro de viagem, de maneira a evitar locais com histórico de risco a turistas;
No caso dos turistas estrangeiros, muitos países dispõem de alertas consulares sobre determinados destinos para viajar, o que ajuda no planejamento e gestão da viagem;
Ao chegar num local, busque explorá-lo inicialmente com o auxílio de empresas e guias de turismo legalizados;
Evite andar por lugares que desconhece ou que não foram recomendados pelos serviços turísticos;
Mesmo que algum “influencer” tenha curtido e indicado, evite andar sozinho à noite em regiões como Lapa, Pedra do Sal e localidades classificadas pelas autoridades locais como “de risco”;
Não aceite lanches e/ou bebidas oferecidos na rua por desconhecidos a título de “cortesia ou empatia”;
Estando na praia, em bares ou restaurantes locais com grande apelo turístico, evite se afastar de bebidas e/ou refeições que ainda vai consumir, a menos que alguém de confiança esteja com você e tome conta;
Não ande pelas ruas e praças com objetos de valor à mostra e que sejam “fáceis de puxar com as mãos”, como cordões, pulseiras, câmeras e celulares;
Estando em transporte público, mantenha celular e carteira sempre em bolsos à frente do corpo e esteja atento a quem tenta se esfregar nas demais pessoas; e
Caso perceba que está sendo seguido por algum desconhecido, vá para um local movimentado e, sutilmente, procure um agente de segurança (policial, guarda municipal, ou, no caso de trem e metrô, agentes de segurança das respectivas concessionárias) e peça ajuda.
Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!





Comentários