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No ano em que o Pantanal e a Amazônia queimaram como nunca, o que esperar do verão?

  • Foto do escritor: Pedro Papastawridis
    Pedro Papastawridis
  • 30 de nov. de 2020
  • 2 min de leitura

Dezembro chegando, e a temporada de calor começa a dar as caras. No entanto, estamos falando de um ano em que dois dos principais ecossistemas brasileiros bateram recordes de queimadas e desmatamento, o que aumenta a preocupação sobre como será o verão que se aproxima.


No Rio de Janeiro, enquanto muitos cariocas compareciam às seções eleitorais durante o dia de ontem (29/11/2020), outros milhares lotavam as praias, como se a Covid-19 não existisse. Todavia, estamos falando de uma cidade em que o clima quente e úmido é característico no período de novembro a março, tornando o isolamento social uma missão quase impossível. Para completar esse quadro favorável à propagação do vírus, trata-se de uma cidade com quase 6,5 milhões de habitantes e que recebe outros milhões de pessoas durante o verão, o que torna inevitável a aglomeração de banhistas nas faixas de areia das praias cariocas.


Considerando que a temperatura média da Terra vem aumentando ano após ano, a questão-chave que fica é: o que esperar do verão num país que vem queimando e derrubando sua cobertura vegetal em diversas partes do território? Será um verão quente, mais quente ou muito quente? Será mais um verão com geosmina e conta d’água da CEDAE nas alturas? Ou será que teremos que conviver com um misto de verão quente, falta d’água e intercorrências no setor elétrico?


É sabido que o desgoverno Bolsonaro não tem compromisso com a proteção de ecossistemas tão importantes aos equilíbrios térmico e hídrico do Brasil, casos da Amazônia e Pantanal. Porém, também chama a atenção e gera preocupação a ausência de projetos e ações de longo prazo em setores como saneamento básico e geração e transmissão de energia elétrica num país de dimensões continentais como o nosso.


Sem uma visão de longo prazo na infraestrutura hídrica e energética, as intercorrências no fornecimento de energia elétrica e água potável só tendem a aumentar em diversas partes do país, sobretudo nas regiões Sudeste e Nordeste. Entre 2014 e 2015, os moradores de São Paulo sofreram com um racionamento de água intenso. Neste ano, a região metropolitana do Rio de Janeiro vem lidando com a incompetência da CEDAE e a letargia do Poder Público local em garantir fornecimento adequado de um item tão essencial à sobrevivência humana. E o Amapá recentemente ficou dias sem energia elétrica. Diante desse cenário, já é melhor deixar armada a rede no quintal, encher a cisterna, separar o leque e o repelente, pois o verão brasileiro promete ser quente, com faltas d’água e energia elétrica.


Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!

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©2020 por Pedro Papastawridis em: Blog do Papa (blogdopapa.com).

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