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Navegar é preciso e alinhar é mais preciso ainda

  • Foto do escritor: Pedro Papastawridis
    Pedro Papastawridis
  • 16 de out. de 2020
  • 3 min de leitura

Suponhamos que você tenha sido promovido para ocupar um cargo de chefia em sua empresa. E que essa promoção conferirá não só mais autoridade, mas também acesso a recursos da empresa que antes não estavam à sua disposição. Todavia, esses recursos só podem ser usados por você em benefício da própria instituição e desde que o uso esteja bem fundamentado. O que fazer agora?

A princípio, não há nada de surpreendente em relação ao cenário acima. O surpreendente é saber que ainda existem pessoas em organizações públicas ou privadas pelo mundo afora que ainda possuem dificuldades em lidar com uma situação desse tipo. Será falta de competência, ou falta de alinhamento?

No que tange à falta de competência, isso deve ser avaliado pela organização antes de promover o colaborador. É o que a boa prática da gestão por competências recomenda. Entretanto, existem instituições que possuem carência de pessoal e setores da economia que enfrentam escassez de mão de obra. Nesse caso, há que se mapear quais são as competências essenciais ao sucesso do negócio, identificar os colaboradores que possuam mais afinidade com essas competências e desenvolver um programa de capacitação que seja capaz de preencher as lacunas existentes no colaborador selecionado. Ou isso, ou a prática da “tentativa e erro” conduzirá a empresa ao sucesso ou ao fracasso.

E quanto à questão da falta de alinhamento? Já vamos discorrer sobre isso. Vamos lá!

Da mesma forma que existem organizações que não alcançam objetivos por falta de talentos, também existem instituições que fracassam em seus negócios por falta de alinhamento entre empresa e seu corpo funcional. E como podemos resolver isso?

Assim como em nossa vida pessoal, as empresas possuem seu conjunto de valores e são esses valores que indicam para os stakeholders o que a organização entende como importante na condução dos seus negócios e quais comportamentos serão recompensados. A esse conjunto de valores, denominamos cultura organizacional.

Se a empresa entende que determinado valor é importante para ela e que ele contribui para o sucesso do negócio, é preciso que o valor seja reforçado entre os colaboradores. Para tanto, é preciso que haja uma conjugação de esforços que envolva capacitação, exemplo dado pelas lideranças e um sistema de recompensas que ajude a reforçar a importância desse valor. Sem isso, o alinhamento entre os objetivos da empresa e os comportamentos praticados pelas pessoas não será alcançado e se tornará grande o risco de a organização fracassar na busca de resultados pretendidos.

Um exemplo bem comum dos transtornos causados pela falta de alinhamento organizacional observamos em serviços públicos prestados em muitas repartições espalhadas pelo Brasil. Seja para agradar quem o colocou no cargo, seja por alinhamento político, diversos agentes públicos esquecem que um dos princípios que devem nortear a Administração Pública é a garantia do interesse público e passam a agir em proveito próprio ou do grupo com o qual está alinhado. E essa tentativa de "agradar e buscar aceitação pelo grupo” tem um pesado custo para o Estado brasileiro, pois a atuação do agente público passa a ser disfuncional, produzindo ineficiência nos processos de trabalho, ineficácia organizacional e falta de efetividade das ações da organização perante a sociedade. E tudo isso gera mais gastos públicos, mais tributos a serem pagos pelo cidadão e menos serviços públicos de qualidade a serviço da população.

Diante do exposto, o sucesso de um negócio envolve competência e alinhamento de quem está tocando esse negócio. E o instrumento que permite monitorar, avaliar e cobrar mais alinhamento e resultados é o planejamento estratégico. Portanto, sem o emprego do planejamento, não haverá alinhamento dos esforços da tripulação. E sem alinhamento de esforços, o barco não chega ao seu destino.

Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!

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©2020 por Pedro Papastawridis em: Blog do Papa (blogdopapa.com).

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