Meta fiscal do Governo Federal: por que isso importa muito mais que Agenda Woke
- Pedro Papastawridis

- 13 de nov. de 2023
- 5 min de leitura
Quem vive nos grandes centros urbanos do Brasil, certamente já ouviu falar da tal “Agenda Woke”. Trata-se de um movimento sociocultural surgido nos Estados Unidos no começo deste século e que se intensificou por lá após os anos 2010, como consequência da ocupação gradual de espaços em setores estratégicos da sociedade americana por grupos de esquerda e extrema-esquerda.
Esse movimento, que a esquerda global chama de “agenda progressista”, ao passo que a direita costuma chamar de “ditadura do politicamente correto”, tem como pano de fundo originário um conjunto de pautas que envolvem a igualdade de gênero e de raça, assim como a defesa das liberdades sexuais. Nos dias atuais, tornou-se um perigoso instrumento de doutrinação social e perseguição política contra quem se opõe ou, simplesmente, ignora os “wokes”. E temos diversos casos assim aqui no Brasil, a começar pela campanha difamatória que um tal perfil de Twitter promoveu contra o Grupo Jovem Pan de Comunicação recentemente.
Sob o pretexto de “defesa da democracia”, esse tal perfil de Twitter (cuja citação do nome não merece espaço neste texto) começou a pressionar patrocinadores da Jovem Pan a deixarem de colocar dinheiro na emissora de rádio e TV. Na verdade, o que se pretendia com a campanha de desmonetização do grupo de comunicação era impor uma espécie de “cerceamento à liberdade de expressão e da atividade jornalística”, visto que a Jovem Pan é um veículo considerado pelos wokes de extrema-direita pelo fato de a emissora destacar matérias ligadas à defesa das liberdades individuais e do livre mercado. Felizmente, a verdade vem prevalecendo nos autos do processo que a Jovem Pan move contra os “revolucionários wokes de Twitter” e é bem provável que essa patrulha político-ideológica contra o grupo de comunicação deixe de existir muito em breve.
A esta altura, você deve estar se perguntando: e a tal da meta fiscal do Governo Federal, Pedro Papastawridis?
É aqui que destaco o principal motivo pelo qual a Agenda Woke é tão defendida e destacada pelo PT e suas linhas auxiliares (PcdoB, PSOL, UNE, Ubes, MST, MTST, CUT, setores da imprensa brasileira, etc.): enquanto ela desvia as atenções da sociedade e promove a desagregação do tecido social por conta de “letramentos”, discursos politicamente corretos e conflitos identitários, o progresso socioeconômico nacional em bases sustentáveis é deixado de lado.
Consoante o exposto acima, a construção deste texto foi direcionada propositalmente para evidenciar o quão desnecessária é a Agenda Woke para o leitor interessado em assuntos que ajudem a pôr comida na mesa e prosperidade na vida das pessoas, uma vez que os três primeiros parágrafos agregam menos para a dignidade da maioria da população do que o equilíbrio fiscal do Governo Federal.
Quando Lula se colocou como candidato à Presidência da República na última eleição (2022), ele sabia que os votos do eleitorado de esquerda e extrema-esquerda seriam insuficientes para ganhar de Bolsonaro, que possuía quantidade similar de votos da direita e da extrema-direita além de uma parte do eleitorado de centro. Em vista disso, Lula e seus marqueteiros tiveram que modular a campanha do projeto de poder lulopetista, tornando-a mais palatável para o eleitor de centro, que é mais suscetível a mudanças de voto. E foi a pauta econômica o terreno que o PT explorou para conquistar parte dos votos do eleitorado “nem a favor nem contra a Agenda Woke lulopetista”. Para tanto, escalou alguns economistas com bom trânsito no eixo São Paulo-Rio de Janeiro-Brasília para dizerem que Lula voltaria com uma “pegada mais fiscalmente correta”.
Uma vez eleito, Lula fez mais um gesto para o mercado, este que Marx não conseguiu destruir com seu maniqueísmo proletariado versus burguesia, mas que a Agenda Woke busca “desconstruir” por outras vias. E o gesto de Lula atende pelo nome Fernando Haddad, considerado “o mais tucano dos petistas” pela ala econômica mais radical do PT.
Haddad aceitou o desafio de representar o papel de “tucano”, defendendo temas caros ao PT, mas que soam como poesia para o mercado. E reforma tributária com equilíbrio fiscal rimam muito bem na poesia que o mercado gosta de ouvir.
A reforma tributária está avançando, apesar do lobby de determinadas bancadas parlamentares e grupos econômicos em prol de benesses para alguns setores da economia. O problema dessas benesses seletivas é que encarecem a tributação para todo o restante das forças de mercado, deixando o Brasil na iminência de instituir o maior imposto sobre valor agregado (IVA) do mundo.
Pelo lado da administração dessa grana que entra nos cofres públicos via tributos que insistem em não baratear para a população em geral, temos a questão do equilíbrio fiscal que Lula vendeu enquanto candidato, mas que parece ignorar agora que está com a caneta na mão distribuindo benesses para os wokes lulopetistas e para a base alugada no Congresso Nacional. Onde antes se falava em déficit zero para 2024, agora já se especula uma meta fiscal que pode chegar em -1% do PIB, a depender do poder de barganha/emendas/cargos que lula tiver com o Congresso Nacional neste final de ano.
Mas 1% negativo em lugar de zero faz tanta diferença, Pedro Papastawridis? Se considerarmos que o PIB nominal do Brasil está na casa dos R$ 10 trilhões ao ano, estamos falando de R$ 100 bilhões de diferença, dinheiro esse que poderia estar na mão do próprio contribuinte turbinando o consumo na economia, ou na mão das empresas servindo para aumentar os investimentos em melhorias de capacidade produtiva e geração de empregos. Porém, esse dinheiro tende a ficar com Lula para turbinar a gastança com:
Viagens para ele, Janja, aspones e aspones dos aspones;
Mais direcionamento de emendas parlamentares e gastos públicos ineficientes para redutos de aliados políticos; e
No custeio de cargos comissionados, terceirizados e consultorias na máquina federal.
Com R$ 100 bilhões a mais nos cofres públicos, haverá menos R$ 100 bilhões na economia real, fazendo com que o custo do dinheiro (juros) para pessoas e empresas encareça, o endividamento geral aumente e o risco de crédito do país (risco soberano) se agrave. E crédito caro e escasso é combustível para estagnação econômica, o que impede o progresso para todos (exceto para os wokes que servem o projeto de poder de Lula). Sem progresso, não haverá ordem. E sem ordem, só restarão retrocessos.
Em suma, fica nítido por que a meta fiscal é mais importante para o país que a Agenda Woke de Lula e seus lacaios. Enquanto o progresso econômico ajuda a unir a nação em prol do sucesso, o progressismo woke só serve para dividir e conquistar a nação. Pense nisso, trabalhe, estude, seja feliz, faça o Brasil crescer e se desenvolver e não alimente os trolls!
Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!





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