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Já que o Brasil anda perdendo tempo com o óbvio, que tal discutirmos uns fundamentos?

  • Foto do escritor: Pedro Papastawridis
    Pedro Papastawridis
  • 16 de dez. de 2020
  • 2 min de leitura

Num país em que muito se discute e pouco se entrega à sociedade, tal como vemos no papel do Estado em respeitar direitos fundamentais e garantir o interesse público, a ciência administrativa não pode se eximir de discutir e mostrar a importância de alguns de seus fundamentos para o Brasil superar este momento de turbulência e retomar a trajetória do desenvolvimento socioeconômico.


Para começar, tratemos das funções do processo administrativo e dos “3 Es” da Administração:


1. Qual é a dificuldade de o Estado brasileiro planejar, organizar, executar e controlar suas atividades?

2. Por que é tão difícil às forças políticas do nosso país chegar a decisões e ações eficientes, eficazes e efetivas em temas como saúde, educação, segurança pública, combate à corrupção, meio ambiente e combate da inflação e do desemprego?


Quando não se planeja adequadamente os rumos de uma nação, o resultado é um misto de desorganização, desordem e descontrole. Em outras palavras, quando um país lava as mãos para o enfrentamento de uma pandemia de Covid-19 e age de improviso conforme os ventos e as pesquisas de opinião, pessoas morrem, adoecem, não se educam, não se conscientizam, passam fome e vão para a sarjeta. E não há R$ 300,00 mensais ou guerra de narrativas que encubram esse nexo de causalidade entre a ausência de um plano consistente de país e a ruína deste.


Enquanto este texto é redigido, a Europa se confina para evitar uma terceira onda de Covid-19 e avança com seus planos de vacinação, com o Reino Unido tendo iniciado a imunização de seus cidadãos na semana passada e a União Europeia iniciando a vacinação nos próximos dias. Em Singapura e no Japão, medidas para combater o avanço do coronavírus estão sendo implementadas ao mesmo tempo em que vacinas são adquiridas para iniciarem seus respectivos planos de imunização e são discutidos estímulos econômicos para a retomada do crescimento no pós-pandemia. Quanto ao Brasil, ignorantes, negacionistas e oportunistas menosprezam a existência e os impactos do vírus, bem como as quase 185.000 vidas brasileiras que se foram pela doença. E esse número só aumenta, devendo ganhar impulso com as festas de fim de ano.


Diante do exposto, é preciso parar de perder tempo com obviedades e passar a usar o conhecimento, as habilidades e as atitudes administrativas em benefício da população, esta que trabalha, estuda, vota e paga impostos, mas pouco é lembrada e atendida por quem deveria estar a serviço do interesse coletivo. Enquanto Bolsonaro et caterva ficam de picuinhas com João Doria, Rodrigo Maia e Alcolumbre se preocupam com suas respectivas sucessões no Congresso Nacional, Gilmar Mendes fica mandando recadinhos pela mídia para Fux e Aras fica neutralizando a Lava Jato e o enfrentamento da corrupção, o país fica cada vez menor e pior. O nosso IDH, a estagflação, o desemprego e as quase 185.000 mortes por Covid-19 são evidências concretas disso.


Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!

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©2020 por Pedro Papastawridis em: Blog do Papa (blogdopapa.com).

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