COP-27: o que o Brasil (e o mundo) deve esperar desse evento
- Pedro Papastawridis

- 9 de nov. de 2022
- 2 min de leitura
Entre os dias 06 e 18 deste mês, a cidade egípcia de Sharm el-Sheikh, localizada no Mar Vermelho e a cerca de 400 km da capital Cairo, sediará a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
Dentre os principais temas a serem debatidos nesse evento que reunirá lideranças políticas, econômicas e ambientais de todo o mundo, está a busca por soluções para lidar com o agravamento das mudanças climáticas nos últimos anos, com foco na redução das emissões de gases do efeito estufa e no aumento dos investimentos em energias verdes e no mercado de carbono.
Obviamente, o sucesso dessa conferência passa pelo compromisso ambiental que as duas maiores economias do planeta (Estados Unidos e China) estão dispostas a assumir, isso sem deixar de lado as atenções para a situação energética da Europa, que vem aumentando o consumo de carvão mineral e petróleo para compensar a redução do consumo do gás natural russo.
No caso do Brasil, o mundo volta seus olhares para a virada de chave governamental que ocorrerá no próximo ano, com a saída de Jair Bolsonaro, que sempre demonstrou antipatia em relação às pautas ambientais, e a entrada de Lula. No caso de Luiz Inácio, há uma expectativa do mundo para a retomada do diálogo com nosso país acerca de aspectos como a proteção do ecossistema amazônico e investimentos em pesquisa e desenvolvimento de soluções energéticas com baixas emissões de carbono, caso da geração de energia de fontes solar e eólica.
Em vista disso, e considerando que trilhões de dólares estão depositados em fundos soberanos, em contas de investidores institucionais privados e em organismos internacionais à espera de projetos que conciliem o lucro com o bem-estar social e o equilíbrio ambiental global, o momento é de governos, empresas e organizações do terceiro setor intensificarem a busca do desenvolvimento em bases sustentáveis, a fim de atenuar os impactos das mudanças climáticas e deixar para as futuras gerações um mundo capaz de atender as necessidades humanas sem que isso imploda o próprio mundo.
Isso posto, é hora de o mundo deixar o negacionismo científico e ambiental de lado e pôr em prática em Sharm el-Sheikh a capacidade humana de pensar, propor e implementar soluções que impactam não só a sobrevivência do próprio ser humano, mas sobretudo de todo o mundo.
Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!





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