Calma gente, hoje é no amor! (A nova era política de Eduardo Cunha)
- Pedro Papastawridis

- 2 de fev. de 2021
- 2 min de leitura
Ontem (01/02/2021), a Câmara dos Deputados e o Senado Federal escolheram seus respectivos presidentes para o período 2021-2023. Conforme previsto pelas casas de apostas e analistas políticos, Rodrigo Pacheco (DEM/MG) venceu a disputa no Senado, enquanto Arthur Lira (PP/AL) conquistou a Presidência da Câmara.
Sobre os dois eleitos, há muitas semelhanças que os definem melhor que eles mesmos, a começar por Rodrigo Pacheco. De estilo discreto, como bom mineiro que é, Pacheco possui uma forma de articulação política de bastidores que muito se assemelha à do ex-senador e atual deputado Aécio Neves (PSDB/MG). Até a afeição por acordos de não agressão entre forças políticas une os estilos do antigo “Reizinho” do Senado com o atual.
Sobre Lira, seu estilo fisiológico e corporativista e sua forma de passar o trator político sobre adversários são típicos da Escola Eduardo Cunha de Politicagem. Até a barganha de Arthur Lira com o Poder Executivo ao longo de sua trajetória política em Brasília lembra Eduardo Cunha nos tempos em que este usava seu posto de Presidente da Câmara para colocar a faca no pescoço de Dilma Rousseff.
Obviamente, quem sai perdendo com essa “República de Rio das Pedras” que se tornou Brasília é o povo brasileiro. Em meio às negociações de Arthur Lira e Davi Alcolumbre (padrinho de Rodrigo Pacheco) com os generais de Bolsonaro, a fim de garantirem verbas e cargos em troca de votos de parlamentares, A Covid-19 encontra a tempestade perfeita para uma terceira onda, a fome e a miséria atingem milhões de lares brasileiros e a massa trabalhadora se aglomera e se acotovela em ônibus lotados e abafados nos grandes centros urbanos.
Eis o preço que nossa sociedade paga por não se mobilizar contra as ratazanas. Ao não sair às ruas para limpá-las dos ratos, o povo permite que os ratos tomem conta dos espaços públicos. Agora, os ratos já não estão satisfeitos somente com as ruas e buscam ocupar todos os espaços onde haja recursos do povo a serem consumidos. Até restar somente uma terra arrasada que outrora se chamou Estado brasileiro.
Um forte abraço a todos, fiquem com Deus e se preparem para o que Brasília tem de pior a oferecer nos próximos anos.





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