A Revolta da Vacina e a cruzada contra o comunista Zé Gotinha
- Pedro Papastawridis

- 2 de set. de 2020
- 3 min de leitura
Acompanhando as redes sociais nas últimas 24 horas, nota-se que a questão da vacinação contra a Covid-19 ganhou destaque. Porém, não pelos benefícios que ela proporcionará para o Brasil e o mundo, tal como a vacina da poliomielite (aquela do nosso amigo Zé Gotinha) proporcionou ao país nas últimas décadas. Aliás, foi graças a essa vacina do Zé Gotinha que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a poliomielite erradicada na África no mês passado.
O motivo para a vacinação contra a Covid-19 virar o assunto do momento nas redes e na imprensa se deve a um comentário que o Presidente Jair Bolsonaro fez sobre a não obrigatoriedade de vacinação. Segundo ele: “Ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”.
Pronto! Bastou essa declaração de Bolsonaro para a questão da vacinação contra o coronavírus repercutir, porém numa espécie de “cruzada contra o comunista Zé Gotinha”, tal como o negacionista, obscurantista e artista Jair Messias fez com relação à pandemia de Covid-19 e o uso da máscara. Graças a essas atitudes canalhas dele e de seus lacaios pagos com o dinheiro público, mais de 120.000 famílias brasileiras choraram a morte de parentes pelo coronavírus. E o número de óbitos continua aumentando.
Que Bolsonaro não tenha interesse em se vacinar, problema é dele! Porém, não é de se esperar tal atitude de uma pessoa que se entrincheirou num hospital durante quase toda a campanha presidencial, para “não agravar o quadro de saúde dele”, uma vez que fora esfaqueado no dia 06 de setembro de 2018. Aliás, é bem provável que ele faça algum material de cunho político-eleitoral para lembrar no próximo dia 06/09 do “milagre” de ter superado a facada que sofreu de Adélio Bispo.
O que se discute aqui, caros leitores, é a mensagem que Bolsonaro passa com essa declaração sobre a vacinação, sobretudo, para sua militância igualmente obscurantista, negacionista e artista. De posse desse “recado”, esse pessoal é capaz de “fazer o diabo” para desinformar e induzir pessoas a não se vacinarem, ficando a população exposta à Covid-19. Quanto a Bolsonaro, restará o atendimento médico-hospitalar VIP 24 horas pago com o dinheiro do eleitor-contribuinte, enquanto a militância fica com as migalhas que caem da mesa e o povo, com um SUS sucateado e rodeado de “Guardiões do Crivella”.
Se existe alguma notícia que sirva de consolo em relação a essa declaração de Bolsonaro, reside no fato de que já existe lei que pode obrigar, sim, a aplicação da vacina contra a Covid-19. E ela foi assinada pelo próprio Bolsonaro, que parece não saber ler direito as coisas que assina. Trata-se da Lei nº 13.979, de 06/02/2020, que prevê o seguinte na alínea “d” do inciso III do seu artigo 3º : determinação de realização compulsória de vacinação e outras medidas profiláticas.
Não seja inocente, tampouco gado de quem só pensa no seu voto e no dinheiro dos seus impostos! Vacinação é um ato de saúde e de amor ao próximo, na medida em que você se previne e evita que os outros se contaminem com uma doença que você deixa de transmitir. Vacine seus filhos, convença seus parentes e amigos da importância de manter as vacinas contra as principais doenças em dia. E cobre do Poder Público uma resposta rápida, eficaz e efetiva para garantir a vacinação contra a Covid-19. Caso contrário, muito mais vidas se perderão com essa doença, enquanto Bolsonaro e seus lacaios comem cachorro-quente, dão rolezinhos por aí e desprezam o sofrimento alheio.
Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!





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