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A ignorância e o mau-caratismo matam muito mais que a AIDS

  • Foto do escritor: Pedro Papastawridis
    Pedro Papastawridis
  • 25 de out. de 2021
  • 2 min de leitura

É inquestionável que vacinas salvam vidas. E a queda que vimos nos últimos três meses na média móvel diária de mortos por Covid-19 e na quantidade de pessoas internadas pela doença aqui no Brasil são exemplos do efeito positivo da vacinação em massa em relação à saúde de cada um e ao bem-estar geral.


Contudo, nosso país ainda está longe de se livrar de dois dos principais aliados dessa doença que matou mais de 600.000 brasileiros: a ignorância e o mau-caratismo de quem propaga notícias falsas e mentiras descaradas acerca das vacinas, sendo um dos principais propagadores de inverdades o Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.


O caso mais recente de menoscabo de Jair Messias pelo bem-estar coletivo foi visto durante uma de suas lives, na qual ele compartilhava uma mentira sobre a relação entre a vacina contra a Covid-19 e o risco de contrair AIDS. Para tanto, ele se valeu de uma fake news, segundo a qual um documento oficial do Reino Unido sugeria que as pessoas com esquema vacinal completo estariam desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida.


Diante disso, o Facebook tratou de remover esse vídeo de sua plataforma, enquanto o YouTube ainda avalia que medidas tomar em relação a esse conteúdo. Porém, o estrago já está feito e essa mentira já deve estar se propagando pelo país afora tal como a própria pandemia de Covid-19.


Por mais que cientistas, pesquisadores, autoridades em saúde e veículos de comunicação sérios estejam engajados no esforço de informar a população sobre a importância de se cuidar contra a Covid e manter a vacinação em dia, fica muito difícil num país com mais de 210 milhões de pessoas, com altas taxas de analfabetismo, baixa média de escolaridade e baixa qualidade da educação básica “competir” com alguém que foi eleito por mais de 57 milhões de pessoas, tem a chave de um cofre com trilhões de reais em suas mãos e conta com “falsos profetas e profetas do apocalipse” para disseminar narrativas nas redes sociais e no mundo de carne e osso. Isso ajuda a explicar o porquê de muitas mortes evitáveis terem ocorrido no Brasil durante esta pandemia de Covid-19.


Diante do exposto, a sociedade esclarecida e que não se deixa influenciar por memes de WhatsApp ou pelo amigo do vizinho do cunhado do Fulano precisa agir de maneira enérgica e se mobilizar contra esses marginais que se escondem atrás de um computador ou de um smartphone para espalhar pavor e desinformação. Milhares de pessoas estão morrendo e outros milhões estão ficando com sequelas da Covid-19 porque não estão se vacinando e/ou estão tomando remédios sem eficácia contra essa doença, baseando-se na narrativa de agentes políticos e em charlatões disseminadores de fake news. Ou a população de bem faz pressão contra quem dissemina mentiras e desordem pública, ou o Brasil corre o grave risco de se tornar uma sociedade desconstituída e com um amontoado de pessoas dominadas por um punhado de canalhas.


Em tempo, não deixem de se vacinar por causa de mentiras propagadas por um vagabundo do naipe de Jair Bolsonaro. E lugar de charlatães não é ocupando espaços na vida pública do país, e sim atrás das grades!


Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!

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©2020 por Pedro Papastawridis em: Blog do Papa (blogdopapa.com).

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