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Síndrome de Jim Jones e os 7 indícios de que o Brasil caminha em direção ao suicídio

  • Foto do escritor: Pedro Papastawridis
    Pedro Papastawridis
  • 11 de jun. de 2021
  • 3 min de leitura

Quem nunca estudou a história e o funcionamento de movimentos e seitas criados por figuras tidas como “messiânicas”, certamente ficou surpreso com a analogia dada pelo Senador Renan Calheiros (MDB/AL) ao Presidente Jair Bolsonaro nesta data (11/06/2021) durante os trabalhos da CPI da Pandemia de Covid-19.


Na ocasião, Calheiros comparou Bolsonaro com Jim Jones, pastor e fundador do Templo Popular, uma seita pentecostal cristã que ganhou notoriedade nos Estados Unidos entre os anos 1960 e 1970.


Conhecido por possuir um estilo de liderança autoritário e por ter mantido centenas de seguidores sob a vigilância de homens armados em meio à selva da Guiana, onde promoveu um suicídio coletivo em 1978, Jim Jones foi mais um falso profeta que se valeu de charlatanismo religioso para promover curas "milagrosas" fraudulentas e impor um estilo de vida a seus seguidores baseado em pensamento único, vida simples e submissão às ideias e comandos do pastor.


E o que a história de Jim Jones tem a dizer sobre o atual momento do Brasil e sobre o que o futuro reserva ao país?


No momento em que este texto foi redigido, mais de 480.000 cidadãos brasileiros haviam morrido por conta da Covid-19. Trata-se de um número equivalente à taxa de homicídios de quase uma década em nosso país, o que evidencia que o vírus da Covid é tão letal e perigoso para a nossa sociedade quanto as narcomilícias que exercem domínio em muitas comunidades brasileiras


Apesar de todo esse dano causado pelo vírus supracitado em um ano e meio de pandemia, muitos agentes políticos brasileiros se omitem em relação ao fato, pouco fazem para reverter os impactos sanitários causados pela doença e ainda sabotam quem tenta mitigar os impactos da Covid-19. Dentre esses agentes políticos, destaca-se Jair Messias Bolsonaro, que gasta milhões de reais do contribuinte com propaganda de tratamentos com ineficácia cientificamente comprovada contra a doença e busca a todo momento desqualificar medidas de enfrentamento da pandemia, como o uso de máscaras e a vacinação em massa.


A maioria dos que votaram em Bolsonaro em 2018 não deu carta branca para este matar e/ou induzir as pessoas a se matarem, tal como Jim Jones fez em Jonestown em 1978. Milhões de pessoas votaram em Jair Messias por acreditarem que ele cumpriria com os compromissos de campanha de enfrentamento da corrupção sistêmica e de avanço das reformas estruturantes. E não para o presidente eleito costurar acordos nos bastidores e gabinetes de Brasília para blindar a si próprio, a seus filhos e ao seu Queiroz e garantir as mamatas de corporações militares, do agronegócio e de organizações religiosas.


É sabido que milhões de brasileiros estão mais preocupados em levar comida para casa neste momento do que se preocuparem com o enfrentamento da corrupção sistêmica e dos arroubos autoritários de Jair Bolsonaro. Todavia, muito do estado de coisas em que o Brasil se colocou nesta pandemia de Covid-19 tem origem nos 7 indícios abaixo de que Jair Messias e suas falanges só queriam ocupar o espaço deixado pelo PT para avançarem com a destruição das bases do Estado Democrático de Direito e instituírem uma autocracia baseada em assistencialismo, na manipulação da informação e no domínio da sociedade pelo emprego da força institucional:


1. Ocupação de espaços institucionais e orçamentários por pessoas alinhadas com a ideologia e/ou o projeto de poder de Bolsonaro;

2. Aumento das estruturas de inteligência e contrainteligência em órgãos e entidades da Administração Pública, com vistas a monitorar pessoas e instituições;

3. Flexibilização dos mecanismos para obtenção de posse, porte e rastreamento de armamentos;

4. Militarização de instituições em detrimento da meritocracia aplicada a quadros civis da máquina pública;

5. Agravamento dos ataques à imprensa, ao Poder Judiciário e aos governos estaduais e prefeituras não alinhados com o projeto de poder de Jair Messias;

6. Aumento da desinformação em espaços com ampla capilaridade e velocidade de propagação de conteúdo, caso das redes sociais; e

7. Avanço de medidas legislativas que visem à feudalização política da sociedade, caso do voto de cabresto impresso.


Ouça quem for capaz, antes que o país se torne uma grande Jonestown. Afinal de contas, nenhuma sociedade sólida e duradoura tem suas fundações construídas num areal de mentiras, estelionatos e intimidação.


Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!

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©2020 por Pedro Papastawridis em: Blog do Papa (blogdopapa.com).

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