O mundo é muito maior que o seu umbigo!
- Pedro Papastawridis

- 5 de ago.
- 4 min de leitura
A vida é uma missão, e não uma carreira...
Quando li estas palavras pela primeira vez, isso me ajudou bastante a refletir sobre o nosso papel no mundo, pois me mostrou que a vida é muito mais que fazer peso sobre a Terra, tomar umas e outras ou encher o LinkedIn de frases de efeito e competências que muitos dizem ter mas não aplicam de verdade, a fim de fazer amigos e influenciar pessoas.
Ser vivo e ser humano representam o milagre de termos superado: milhões de outros competidores, incertezas que costumam pairar um ambiente familiar durante nove meses de gestação e o medo de um admirável mundo novo que se revela para nós durante o parto.
Em vista disso, não devemos ser somente mais um peso sobre a Terra. Isso é mesquinho, vil e distorce o equilíbrio que deve existir entre todos os elementos que compõem este mundo. Afinal de contas, levamos da vida o que fazemos pelo mundo. E não o que ostentamos ou "lacramos" nas redes sociais ou durante a resenha com parentes ou amigos.
Quanto ao LinkedIn, parece algo legal. Esse negócio de sair descrevendo competências pessoais e profissionais, indicar experiências anteriores e estabelecer conexões com diversos outros profissionais mostra um pouco do que temos. Mas não evidencia o que somos, pois isso é algo que é intrínseco a nós mesmos e somente se revela no dia a dia, da forma como agimos ao levantar da cama até a maneira como lidamos com uma tarefa considerada desafiadora. Dito de outro modo, uma capa de perfil de rede social não passa de uma capa do que realmente somos.
E quanto ao "fazer amigos e influenciar pessoas"? Também soa legal e ajuda a vender bastante material sobre "soft skills". Afinal de contas, quem habituado com esse termo já não ouviu falar de Stephen Robbins, Daniel Goleman ou Dale Carnegie (autor do livro Como fazer amigos e influenciar pessoas)? Contudo, de nada vale você conquistar pessoas ou "vencer o mundo" se você se desviar do propósito que Deus lhe confiou ao nascer.
Escrevo este editorial assim não por estar azedo ou debochado, mas para ajudar a refletir que nós enquanto humanidade muitas vezes esquecemos do verdadeiro propósito que deve nortear cada um de nós. Mal saímos de uma pandemia que matou milhões de pessoas e parece que nada disso ocorreu, pois continuamos enquanto humanidade cometendo as mesmas falhas esperando resultados diferentes: guerras que não cessam, conflitos que vêm e vão, ditaduras que se perpetuam e outras que se revelam, etc.
Há três anos, muitos de nós tínhamos medo de sair de casa e interagir com as pessoas com receio da Covid-19. Hoje, muitos sentem medo de sair às ruas devido à escalada do crime organizado a níveis transnacionais, enquanto evitam conversar com outras pessoas o que pensam por medo de represálias desse mesmo crime organizado, de lulopetistas, de bolsonaristas e, até, do STF, este que é custeado com dinheiro dos nossos impostos, mas age como se fosse o ser supremo em nossas vidas.
Se para muitos viver assim é uma forma de sobreviver em meio aos fortes e vencedores, sinto dizer que é uma péssima forma de passar pela vida, na medida em que o mais forte e vitorioso dos homens é muito menor que um grão de areia da praia da vida eterna. Se você se propõe a ser menor que um grão de areia, nem divã nem Bíblia serão o bastante para lidar com esse problema no quarto andar da Hierarquia das Necessidades de Maslow!
Entretanto, se você crê que pode fazer mais por si e pelo mundo, você estará retomando o caminho do equilíbrio com o planeta e com o propósito que Deus lhe reservou. Mas isso não basta. É preciso que você reflita sobre o seu propósito e se prepare incessantemente para assumi-lo, por meio de conhecimentos, habilidades e atitudes que ajudem o mundo a se tornar melhor para todos dia após dia, e não somente para seres abjetos que buscam oprimir e reprimir o coletivo, como vemos em ditaduras de países como China e Rússia e projetos de ditaduras em El Salvador, Colômbia e no Brasil de Lula, Bolsonaro e STF!
Resumindo, não seja um peso morto para o mundo, e sim uma bênção! Afinal de contas, o mundo é muito maior que o seu umbigo e precisa do seu propósito para se manter em equilíbrio.
Devido a alguns compromissos pessoais e profissionais, talvez eu me ausente por um tempo da redação e publicação de artigos aqui no blog. No entanto, o Blog do Papa continuará sempre presente, pois administrar é preciso e faço minhas as palavras de Fernando Sabino neste encontro marcado:
"De tudo ficarão três coisas:
a certeza de estar sempre começando,
a certeza de que é preciso continuar
e a certeza de ser interrompido antes de terminar.
Fazer da queda um passo de dança,
do medo uma escada, do sonho uma ponte,
da procura um encontro."
Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!





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