Sem ordem não há progresso

Enquanto as forças políticas brasilienses promovem uma ginástica político-jurídica para lidar com a empreitada bolsogolpista de 08/01/2023, algumas figuras ainda se comportam como se estivessem num palanque eleitoral que nunca acaba, a começar pelos dois principais adversários das últimas eleições: Lula e Bolsonaro.

Quanto a Jair Messias, o Blog do Papa já discorreu bastante a respeito da necessidade de o Brasil desarmar de vez o circo golpista que o Clã Bolsonaro montou após a derrota eleitoral do “Capitão do Povo”. Sem responsabilizar, processar, julgar e punir as lideranças do bolsogolpismo, nosso país não terá paz, tampouco ordem para retomar o progresso. E ainda existem 33 milhões de bocas que precisam voltar a comer regularmente todos os dias.

Quanto a Lula, a eleição acabou, mas Luiz Inácio ainda se comporta como se estivesse no palanque. Ao falar em “rever a autonomia do Banco Central”, atacar forças de mercado e tratar a invasão da Rússia contra a Ucrânia como algo “banal”, Lula se comporta mais como um sindicalista e menos como um estadista do qual o Brasil tanto precisa neste momento de reconstrução pós-Bolsonaro.

Enquanto Bolsonaro se comporta de maneira infantil e Lula banca o sindicalista, cerca de 210 milhões de brasileiros estamos quase que “reféns” de um Estado caro, ineficiente e que tira dos pobres para turbinar os ganhos de ricos e poderosos. E isso se reflete numa grave distorção social segundo a qual agentes políticos que deveriam servir o povo vivem na regalia, enquanto milhões de brasileiros madrugam diariamente para embarcar num transporte público caro e precário, passar horas em trânsitos caóticos, receber salários que mal dão para subsistir e ainda lidar com a ameaça constante de marginais que atuam quase que impunemente no morro e no asfalto oprimindo cidadãos de bem.

Diante do exposto, o Blog do Papa reitera o que já escreveu em diversas ocasiões: é preciso que a sociedade se valha, dentro das quatro linhas da Constituição Federal de 1988, do poder que nossa Lei Fundamental atribui ao povo. É preciso cobrar agentes políticos ao invés de idolatrá-los ou temê-los, exigindo que o dinheiro dos nossos impostos seja empregado em prol do bem-estar geral, com mais educação, saúde, segurança, moradia e mobilidade urbana adequada para todos. Somente assim é que um país se desenvolve com ordem e progresso. Sem isso, só restam as mamatas para os mesmos de sempre em detrimento do restante do país.

Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!