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Retrospectiva 2024 do Blog do Papa e o que esperar de 2025

  • Foto do escritor: Pedro Papastawridis
    Pedro Papastawridis
  • 11 de dez. de 2024
  • 3 min de leitura

2024 se encerra e com o final dele vem mais uma retrospectiva e mais uma perspectiva acerca do que esperar no próximo ano.

 

Se pudermos resumir o que foi 2024 em duas palavras, elas seriam “tempos estranhos”.

 

Como assim, Pedro Papastawridis, “tempos estranhos”?

 

Com a devida licença para escrever este texto em primeira pessoa, ainda que ele seja argumentativo, 2024 foi um ano em que o brasileiro viu o anormal se tornar o novo normal. O vício das drogas, por exemplo, foi glamourizado por setores da sociedade e respaldado por uma canetada de um tribunal cujos magistrados se consideram tão supremos, que eles investigam, acusam, julgam e ainda encontram tempo para proferirem julgamentos pessoais fora dos autos e do país.

 

Ainda no campo da estranheza e da anormalidade envolvendo o Poder Judiciário brasileiro, esse mesmo tribunal em diversas ocasiões legislou e até determinou o que Chefes de Poder Executivo deveriam ou não fazer com o uso de suas respectivas máquinas públicas, como estamos vendo em relação às políticas de segurança pública do Estado de São Paulo.

 

No tocante ao meio ambiente, 2024 foi um ano em que a Amazônia e o Pantanal queimaram e quase secaram novamente, repetindo a dose de 2023. Porém, não vimos artistas, influenciadores e intelectuais dentro e fora do país gravando vídeos de repúdio em relação a esse estado de coisas. Talvez, muitos deles estejam ocupados demais desfrutando dos recursos obtidos via benefícios fiscais em algum lugar bem distante dos incêndios e das secas na Amazônia e Pantanal brasileiros.

 

No campo econômico, 2024 foi um ano em que as estatísticas governamentais surpreenderam os prognósticos que o mercado fez em relação ao PIB e à inflação, incluindo as estimativas deste que lhes escreve, que havia previsto um risco alto de estagflação. Apesar disso, a inflação do pão, do café, do frango e dos serviços públicos concedidos persiste e se intensifica a cada dia na vida do povo brasileiro. Contudo, isso parece importar muito pouco para os agentes políticos de Brasília, tão acostumados com a boa vida à custa dos recursos do erário.


Aliás, enquanto estamos aqui falando da inflação nossa de cada dia, o lobby das emendas, dos cargos públicos e dos subsídios aos amigos do rei opera com força neste apagar das luzes de fim de ano.

 

E por falar em apagar das luzes, 2024 foi um ano de tempos estranhos também do ponto de vista das relações sociais e da geopolítica: no Brasil, a autoridade policial foi demonizada e bandido bom passou a ser o bandido endeusado por parte dos agentes políticos e da grande mídia. No mundo, o terrorismo contra Israel e Ucrânia foi normalizado e até apoiado pelos wokes. Até o jornalismo dito profissional foi contaminado por esses tempos estranhos, na medida em que deixou o trabalho investigativo e isento de lado e passou a fazer torcida político-ideológica em prol de uma agenda woke que faz dos conflitos identitários um ótimo negócio. Não por acaso, esse mesmo jornalismo-torcida ainda está tentando se recuperar do erro grosseiro em seus prognósticos a respeito das eleições presidenciais no Estados Unidos.

 

E 2025? O que podemos esperar dele?

 

No Brasil, ceteris paribus, 2025 será um ano em que a bomba fiscal encontrará num ambiente econômico de alto endividamento e juros altos a combinação de fatores ideal para a inflação real de dois dígitos e o arrefecimento do PIB. Além disso, tende a ser um ano em que as forças políticas de Brasília buscarão se reacomodar com vistas a um 2026 em que a extrema-esquerda lulossupremista e a extrema-direita bolsonarista se enfrentarão nas ruas e nas urnas.

 

No campo internacional, 2025 será o ano de Trump versus BRICS, visto que o avanço geopolítico da China com sua rota da seda ameaça a liderança econômica e militar americana. Não causaria espécie se o protecionismo comercial ocupasse espaços do multilateralismo amplo e irrestrito que surfou a onda da globalização nas últimas três décadas.

 

À luz do exposto, os tempos estranhos de 2024 podem ser o gatilho para tempos bem difíceis no Brasil e pelo mundo afora em 2025. Oremos!

 

No mais, o Blog do Papa agradece a todos os que o acompanham por mais este ano de parceria. Sei que a frequência do material produzido caiu bastante, sobretudo por conta da intensificação dos compromissos atuais e dos novos compromissos que o fundador e editor deste site assumiu. Mas o show não pode parar e que 2025 seja um ano capaz de nos tornar ainda melhores enquanto seres humanos. Feliz Natal a todos, um excelente 2025 e que a fé e as obras convertam nossas intenções em resultados por meio de decisões eficientes, eficazes e efetivas, pois administrar é preciso!

 

Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!

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