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Quando Bolsonaro comemora o insucesso de uma vacina, a Covid-19 ganha e o Brasil perde

  • Foto do escritor: Pedro Papastawridis
    Pedro Papastawridis
  • 10 de nov. de 2020
  • 3 min de leitura

Ontem (09/11/2020), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu os testes com a vacina que o laboratório chinês Sinovac desenvolvia em parceria com Instituto Butantan no Estado de São Paulo. A alegação da Anvisa para suspender os testes foi a morte de um dos voluntários que tomaram a vacina. Entretanto, ainda não há certeza de que a morte ocorreu por causas relacionadas com a vacina em si, o que exige cautela para lidar com esse caso de óbito.

Obviamente, a morte do voluntário é de se lamentar. E não só pela expectativa que o mundo mantém em relação às pesquisas de vacinas contra a Covid-19, mas sobretudo por se tratar de mais um ser humano que se vai. Diante disso, o Blog do Papa deseja que Deus cuide bem dessa vida que se vai da Terra e traga conforto espiritual para os parentes e amigos do falecido.

Enquanto a Anvisa, a Sinovac e o Instituto Butantan buscam entender o ocorrido, para que os estudos com a vacina prossigam com o máximo de segurança possível e produzam resultados satisfatórios ao combate da Covid-19, o Presidente Jair Messias Bolsonaro comemora a suspensão dos trabalhos e trata um possível insucesso da vacina como um título de Copa do Mundo, em mais um episódio da guerra política que ele vem travando com governadores e prefeitos acerca das medidas de enfrentamento do coronavírus.

Que Bolsonaro não possui a sabedoria, a sinceridade, a humanidade, a coragem e o rigor necessários ao líder de uma nação como o Brasil, disso já sabemos. Afinal de contas, o militar frustrado ainda se ressente da mediocridade que sempre carregou consigo próprio ao longo de sua curta carreira nas Forças Armadas e sua longa mamata na vida política. Porém, ele ocupa a cadeira de Presidente da República Federativa do Brasil e deve se desapegar de seu viés ideológico em prol do que é melhor para todos, e não somente para os seus.

Ao comemorar a morte de um voluntário, ao invés de lamentar mais uma vida que se vai, Jair Bolsonaro demonstra que não possui apreço somente pela democracia e suas instituições. Também demonstra menosprezo pela humanidade, destilando ódio e amargor. E isso não é um comportamento digno de um Chefe de Estado e de Governo.

Diante do exposto acima, surge o sinal de alerta de que essa postura de Bolsonaro se trata de um modus operandi que ele carrega consigo próprio e vem semeando em setores da sociedade brasileira há tempos, o que leva a eventos que sugerem envolvimento dele em maior ou menor grau, contribuindo para sua eleição à Presidência da República em 2018, tais como:

· Greves de agentes de segurança pública nos estados da federação, aumentando a sensação de insegurança nessas localidades e robustecendo o discurso de Bolsonaro de enfrentamento da violência pelo estímulo ao armamentismo;

· Greves de caminhoneiros, que ajudaram a amplificar a retórica política de Jair Messias de “mais Brasil e menos Brasília”;

· Crescimento de currais eleitorais dominados por narcomilícias, muitos dos quais tiveram votação expressiva em candidatos Bolsonaristas, como é o caso de Rio das Pedras e Nova Iguaçu; e

· Campanhas de ódio e de desconstrução de adversários políticos nas redes sociais, já que é na divisão que Bolsonaro aposta para conquistar espaços e relevância política.

Diante do exposto, o Blog do Papa deixa o seguinte questionamento à sociedade brasileira: é esse o preço que o Brasil está disposto a pagar em troca de pão e circo? Pense nisso e não deixe que Bolsonaro tripudie do Brasil e dos brasileiros, pois nenhum ser humano nasceu para viver curvado e açoitado.

Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!

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©2020 por Pedro Papastawridis em: Blog do Papa (blogdopapa.com).

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