Na era do “Jornalismo-Relações Públicas”, a primeira vítima é a verdade dos fatos!
- Pedro Papastawridis

- 25 de out. de 2023
- 3 min de leitura
Certa vez, um pensador disse que a primeira vítima da guerra é a verdade. E isso parece bem evidente tanto na invasão russa à Ucrânia quanto no conflito entre Israel e os terroristas do Hamas.
O problema em relação ao exposto acima se agrava quando encontra respaldo na falta de critérios claros, objetivos e precisos por parte de um setor da sociedade cuja missão reside justamente em comunicar eficazmente: a imprensa. E, novamente, a invasão russa e o conflito Israel-Hamas vêm servindo de terrenos férteis para uma parte de imprensa mundial deixar as boas práticas jornalísticas de lado em prol da “lacração” e em detrimento da verdade material dos fatos.
No caso da situação ucraniana, causa pavor observar a relativização de diversos jornalistas em relação às atrocidades que os exércitos de Vladimir Putin vêm promovendo em solo ucraniano desde o começo de 2022. Em alguns casos, formadores de opinião em busca de sucesso nas redes sociais e nas próprias contas bancárias chegam ao extremo de criticar o povo ucraniano por resistir à ameaça que Putin promove à soberania e à autodeterminação dos ucranianos, como se os direitos humanos não valessem para Kiev. Para esses “revolucionários de mídias sociais”, Zelensky só estaria em busca de atenção ao proteger seu próprio povo. Enfim, nada mais lamentável que jornalista que faz papel de relações públicas de um ditador com o nível de crueldade e de desprezo pela humanidade como Putin.
Para quem pensa que o “Jornalismo-Relações Públicas” se resume a defender ditadores que invadem territórios soberanos, enganou-se. Desde o dia 07/10 em Israel, presenciamos diariamente setores da imprensa mundial que demoram em apurar as atrocidades cometidas pelos terroristas do Hamas e se apressam em publicar material contra a principal vítima desses terroristas (o povo israelense), cujo território foi invadido e viu parte de sua população ser massacrada e sequestrada pelo Hamas.
Para ilustrar o exposto anteriormente, tomemos o caso do hospital bombardeado na Faixa de Gaza no último dia 17/10: minutos após o ocorrido, dezenas de veículos de comunicação espalhados pelo mundo e quase que de maneira sincronizada publicaram manchetes em que afirmavam que Israel bombardeou o referido hospital, matando 500 pessoas. Tal notícia não só carecia de apuração independente por parte desses veículos de comunicação, muitos dos quais só replicavam notícias de veículos pró-Hamas, mas também ignorava o próprio fato de que o número de mortos estava demasiado “arredondado”. Afinal de contas, qual equipe de emergência seria capaz de prestar socorro, contabilizar centenas de mortos e divulgar um balanço da tragédia tão rapidamente?
Diferentemente do Jornalismo-Relações Públicas pró-Hamas, Israel fez seu dever de casa e apurou o fato, vindo a tornar público um conjunto de gravações, imagens de satélites e fotos feitas no local do incidente, demonstrando e evidenciando que tal ataque ao hospital palestino foi fruto de um foguete disparado da própria Faixa de Gaza e tal explosão não atingiu profundamente o hospital, mas sim parte dele. Logo, as tais 500 mortes foram uma fake news grotesca de parte da mídia global. Justamente esse setor da sociedade que tanto lobby fez aqui no Brasil para emplacar o PL n° 2.630/2020 no Congresso Nacional entre abril e maio deste ano.
Diante do exposto, e tendo em vista que setores da imprensa resolveram se associar a uma péssima parte da sociedade na defesa de ditadores e terroristas, o Blog do Papa recomenda ao leitor atento e consciente que sempre busque apurar fatos e dados que chegam de maneira cada vez mais rápida e intensa em nossas vidas, pois informação e desinformação vêm se misturando mais e mais em prejuízo da verdade, que é a primeira vítima de todas as guerras, sobretudo a guerra de narrativas.
Em tempo, este blog também deseja a israelenses e palestinos que essa guerra acabe logo e ambos os lados possam coexistir harmoniosamente. “Shalom” e “as-salāmu ʿalaykum”!
Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!





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