Mercado de games e o porquê de repensarmos como enxergamos quem lida com um console
- Pedro Papastawridis

- 11 de out. de 2021
- 2 min de leitura
Para quem tem mais de 30 anos como este que lhes escreve, jogar videogame sempre foi motivo de alegria para nós e de reclamação por parte de nossos pais. Para nós, jogar um Atari, um Master System, um Mega Drive ou um Nintendo era diversão garantida, sozinhos ou entre amigos. Já para os nossos pais, jogar videogame era considerado perda de um tempo que poderia ser melhor empregado estudando.
Contudo, parece que o “jogo virou” para os fãs de videogames (ou simplesmente games), podendo fazer desse hábito uma ótima oportunidade de carreira ou negócios.
Segundo projeções feitas por consultorias especializadas no mercado de games, o segmento de jogos caminha para alcançar US$ 200 bilhões em receitas anuais num horizonte de médio prazo, a despeito dos impactos socioeconômicos da pandemia de Covid-19, que acabou servindo como impulsionador desse mercado.
Para quem pensa que o mercado de games se resume à compra e venda de consoles e jogos, é preciso expandir a visão acerca desse setor da economia mundial que movimenta o equivalente à economia da Grécia. De acordo com o Instituto Infnet, o mercado de jogos digitais é o setor da economia que compreende uma cadeia de valor que engloba desde a produção até o pós-venda de games, podendo ser divido em 6 segmentos interrelacionados: Financeiro e Publicador, Produção e Talento, Produção e Ferramental, Distribuição (ou Publishing), Hardware e Usuário Final.
Em vista disso, existem milhares de organizações e milhões de pessoas ao redor do mundo que ganham dinheiro, por exemplo, com:
Pesquisa e desenvolvimento de jogos para diversos dispositivos (consoles, PCs e smartphones);
Comercialização de produtos e serviços para jogadores amadores e profissionais;
Produção e divulgação de conteúdo em redes sociais; e
Patrocínios e/ou premiações por participação em eventos ligados ao setor (conferências, torneios, etc.).
Não por acaso, investidores institucionais começam a ver com bons olhos aportes de recursos em empresas do mercado de games. E isso se deve não só às expectativas de grandes lucros e retornos num setor tecnológico por natureza, mas também à redução das incertezas sobre uma cadeia de valor que converte conhecimento em diversão e diversão em dinheiro. Dessa forma, são boas as perspectivas acerca do surgimento de dezenas (quiçá centenas) de unicórnios no mercado de games ao longo desta década.
Portanto, abra sua mente e repense como enxerga o futuro de seus filhos diante de um videogame, pois talvez você esteja diante de um novo Usain Bolt ou Jeff Bezos dos jogos digitais. Um forte abraço a todos, uma ótima semana dos professores aos professores nossos de cada dia e fiquem com Deus!





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