Jair Quixote e sua cruzada ideológica contra os moinhos de vento

Desde que Jair Bolsonaro decidiu submeter os interesses do Brasil aos interesses pessoais de Donald Trump, o país vem perdendo com a cruzada ideológica promovida por Jair Messias contra os párias do atual presidente ianque. E o alvo preferencial do presidente tupiniquim tem sido a China.

Quando Bolsonaro estava em campanha pela eleição presidencial, ele afirmou por diversas vezes que seu governo não teria viés ideológico. Porém, a submissão automática a Trump, o alinhamento com o Centrão no Congresso Nacional e os constantes ataques ao dragão asiático vêm colocando o Brasil numa situação cada vez mais sensível do ponto de vista geopolítico e agravando uma crise sanitária e socioeconômica que ganhou força no país com a pandemia de Covid-19. E quem vem pagando a conta dessa conjugação de fatores são os milhões de brasileiros que sofrem com o desemprego, o subemprego, a fome e a Covid-19.

No âmbito geopolítico, o Brasil já vem sofrendo pressão e ameaças de natureza comercial por parte de países da União Europeia, mormente em relação à degradação ambiental que temos visto na Amazônia e no Pantanal. Agora, com os constantes ataques de Jair Bolsonaro à vacina que a China vem desenvolvendo contra a Covid-19 e as críticas acerca da tecnologia 5G chinesa, é bem provável que a relação entre o Brasil e a segunda maior economia mundial fique estremecida a curto e médio prazos. E isso num momento em que a China é o maior parceiro comercial do nosso país e uma das nações que mais vêm investindo no Brasil nos últimos anos. Quanto aos Estados Unidos, estes só vêm promovendo sanções comerciais a produtos brasileiros e fazendo escambo com o governo Bolsonaro em questões como 5G, tecnologia militar e biotecnologia.

Quanto à crise sanitária e socioeconômica advinda com a Covid-19, trata-se de um triste cenário que o Brasil vem atravessando. Mas que poderia ser menos danoso, se não fosse pela sabotagem que Bolsonaro e seus lacaios vêm promovendo nas ruas e nas redes sociais contra quem luta contra a doença, a começar por prefeitos e governadores não alinhados com o negacionismo científico do Presidente da República. Em alguns casos, médicos e enfermeiros chegaram a ser ofendidos e agredidos por gente que, a mando ou sob influência ideológica de Jair Messias e seus lacaios, joga a favor do coronavírus e contra o Brasil. Enquanto isso, mais de 155.000 vidas que se foram pela Covid-19. E o Brasil ainda corre o risco de ficar sem vacinação em massa e, por conseguinte, ficar mais isolado do resto do mundo e mais suscetível aos impactos socioeconômicos da doença.

Parar Bolsonaro e o desserviço que ele vem prestando à imagem e ao bem-estar do Brasil passou a ser uma necessidade para um país que tem pretensões de continuar sendo uma democracia respeitável. Ou o povo sai para as ruas e luta por direitos fundamentais como a preservação da vida e da dignidade da pessoa humana, ou será deixado para trás pelos soldados de Bolsonaro, que veem o Brasil tão somente como um território a ser explorado com os ianques na base do boi, da bala e da Bíblia.

Por fim, não se vendam por R$ 300,00 mensais, pois saúde, educação, segurança, trabalho e moradia dignos valem muito mais do que alguns trocados. Ademais, as forças políticas de Brasília gastam muito mais com tubaína e lagostas que isso, à custa do seu, do meu, dos nossos impostos!

Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!