Governo Federal está com 6,8 milhões de testes de Covid-19 prestes a vencer, mas é você quem paga!
- Pedro Papastawridis

- 23 de nov. de 2020
- 2 min de leitura
Milhões de brasileiros vivem todos os dias com o básico para sobreviver, como feijão, arroz, café e pão. E isso se deve a inúmeros fatores, como a estagnação econômica, o desemprego, a inflação, a corrupção em setores da Administração Pública e o desleixo de agentes políticos com o bem-estar da sociedade. Mas o que esses milhões de brasileiros ainda não sabem é que, apesar das privações por que passam todos os dias, estão pagando por 6,8 milhões de testes do coronavírus que estão prestes a vencer.
Foi isso mesmo que você leu. Neste momento (23/11/2020), o Governo Federal possui estocado num armazém de Guarulhos/SP cerca de 6,8 milhões de testes do tipo RT-PCR, usados no diagnóstico de Covid-19. E esses testes estão lá há meses, estando na iminência de vencerem e, devido a isso, serem descartados. Resumindo a conta do desperdício de dinheiro público, o Brasil pode acabar descartando mais exames do que já realizou até agora, estando esse material avaliado em R$ 290 milhões, mais do que a remuneração anual de 22.000 trabalhadores brasileiros assalariados.
E o que o Presidente Jair Bolsonaro tem a dizer sobre isso? Prefere jogar a culpa da própria incompetência com o uso do dinheiro público no colo de governadores e prefeitos, que sequer tiveram a oportunidade de receber e aplicar esses exames em suas respectivas populações. Não bastasse o negacionismo e o obscurantismo de Bolsonaro e sua corte, agora ele deu para bancar uma de Maluf em meio a uma pandemia que já matou quase 170.000 brasileiros.
Para um cidadão esclarecido, os números supracitados assustam, pois demonstram a corrupção das boas práticas em gestão da coisa pública, sobretudo num momento em que o Brasil precisa maximizar o uso de seus recursos para superar essa crise socioeconômica que atravessa desde 2014 e que se agravou com a pandemia de Covid-19 e a incompetência de Jair Bolsonaro. Entretanto, Bolsonaro prefere ignorar o tamanho do estrago pelo qual o país passa, jogar para a militância e dar rolezinhos pelo país cercado de lacaios, já que o medo do povo o leva a estar sempre cercado de capangas. Enquanto isso, o povo paga a conta desse estado de coisas com a fome, o desemprego e a carência de serviços públicos essenciais. E o caso do Amapá é bem ilustrativo do exposto aqui.
Neste ponto do texto, fica o seguinte questionamento: em meio a essa implosão da República Federativa do Brasil, tal como foi concebida em 1988, cadê o povo na rua, as forças democráticas pressionando no Congresso Nacional e o Ministério Público defendendo o interesse público pelo uso adequado dos recursos do erário? Essa ausência de ação efetiva em relação à defesa dos interesses dos cidadãos significa medo, conivência ou letargia? A ver os próximos capítulos dessa novela...
Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!





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