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Bolsonaro manda enfiar o leite condensado naquele lugar. E é você quem está bancando esse desastre!

  • Foto do escritor: Pedro Papastawridis
    Pedro Papastawridis
  • 28 de jan. de 2021
  • 4 min de leitura

Depois de 2 anos tendo que lidar com a militância lulopetista aparelhando o Sistema Petrobras, este que lhes escreve decidiu pedir demissão e buscar novos desafios. Essa decisão ocorreu em 2012 e muitos amigos e familiares disseram na ocasião que isso era loucura. Afinal de contas, a Petrobras ostentava àquela época o status de suprassumo de local onde trabalhar, com um bom salário, muitos benefícios e sendo uma das maiores empresas de energia do mundo.


Porém, o fundador do Blog do Papa não chegou até aqui com base no que os outros acham, e sim com base no seu próprio trabalho e sua dedicação aos estudos. Este que lhes escreve não veio de família rica, tampouco teve “pistolão” ao longo de sua trajetória profissional. Este administrador de empresas sempre contou somente com as bênçãos de Deus, o apoio da família e o incentivo de alguns bons amigos. E isso é o que importa!


Mas o que isso tem a ver com o título deste texto? Tudo a ver, caros leitores, pois nós somos aquilo que um dia construímos. E o Brasil atual é um exemplo dessa afirmação.


Em 2013, quando milhões de pessoas saíram `as ruas em defesa de transporte público com serviço aquedado e preço justo, mais hospitais e escolas e menos gastos com estádios e arenas olímpicas, houve celebridades do mundo esportivo que debocharam dessas pautas. Um grande jogador de futebol chegou a declarar que não se fazia uma Copa do Mundo com hospitais. Hoje, vemos muitos estádios de futebol vazios e sucateados e muitos hospitais lotados e com pacientes morrendo nos corredores, enquanto muitos daqueles que desdenhavam das manifestações populares estão com os bolsos cheios de dinheiro e alguns partiram do Brasil.


Apesar de muitos dos pleitos das ruas de 2013 não terem sido atendidos até agora, uma lição ficou para todos: com povo na rua, até as montanhas se movem. Sem o povo, até os ratos saem da toca e tomam o Brasil de assalto. E essa lição estamos aprendendo da pior forma possível nos últimos dois anos.


Quando Jair Bolsonaro resolveu sair da toca, após permanecer abaixo do radar político durante anos de Brasília, ele sabia que não contava com a simpatia do brasileiro médio, representado pelo trabalhador que vive com menos de R$ 2.200,00 por mês, que pega ônibus lotado todos os dias e tem que conviver com a escola dos filhos sem professor, hospitais sem médicos e ruas sem segurança. Mas Jair Messias, como bem definiu Zeina Latif no Manhattan Connection de ontem (27/01/2021), é um animal político. E animais sobrevivem graças, sobretudo, ao seu instinto selvagem.


Vendo que as duas principais pautas do pós-2013 eram o combate à corrupção e o enfrentamento da escalada de violência, Bolsonaro se apropriou do discurso de paladino da justiça e, dotado de uma estrutura de inteligência, contrainteligência e estratégia política até então desconhecida, soube ludibriar a população, tal como um estelionatário que convence uma vítima a fechar negócios com ele. O resultado, vimos nas urnas em 2018: Jair Bolsonaro Presidente da República.


Com o tempo, Jair Messias foi deixando sua máscara cair. Começou humilhando e defenestrando um de seus homens de confiança, Gustavo Bebianno. Após, foi desautorizando uma série de ações e projetos de modernização da economia e de enfrentamento da corrupção, dois eixos com os quais havia se comprometido durante o período eleitoral de 2018. Até chegar no acordão em prol da impunidade com as demais forças políticas de Brasília, cuja maior evidência foi o enterro da Lava Jato. Agora, Bolsonaro desdenha da população, enquanto toma leite condensado e manda a imprensa enfiar as latinhas naquele lugar. E tudo isso sendo custeado com o suor e o sangue de milhões de brasileiros vítimas das ações e omissões de Jair Bolsonaro.


Enquanto este escreve, milhões de pessoas no país sobrevivem sem emprego ou com subemprego. Diariamente, centenas de brasileiros morrem de Covid-19. E, desde que Bolsonaro assumiu sua baixeza moral e diplomática, o Brasil real vem pagando a conta do mundo paralelo de Brasília no cenário mundial: os Estados Unidos de Joe Biden desprezam o Governo Bolsonaro; a China e a União Europeia buscam alternativas às commodities brasileiras em seus próprios territórios, na África, Austrália e demais países da América Latina; quanto à Índia, põe o Brasil no fim da fila quando este implora por insumos e vacinas contra a Covid-19. Mesmo os parceiros de Mercosul já se encheram de Jair Bolsonaro, o que tem levado Argentina, Paraguai e Uruguai a buscarem outros parceiros comerciais e reduzirem a dependência do Brasil em suas economias.


Entretanto, há quem prospere no caos autoinduzido do Brasil. São os especuladores da Bolsa de Valores, os empresários que fecham negócios com a Administração Federal, o agronegócio que ganha com o dólar alto e a alta da inflação e os políticos de Brasília que negociam com Jair Messias cargos, verbas parlamentares e indicações para tribunais e Ministério Público da União.


E como mudamos esse estado de coisas?


Como já foi dito anteriormente, somente com o povo na rua é que as montanhas se movem. No entanto, uma parte da população está acovardada, outra parte está alheia à realidade, uma terceira parte vem sendo ludibriada por políticos charlatães e falsos profetas e o restante do povo está no bar, na balada, na praia, na academia ou assistindo BBB.


Enquanto a população se comportar dessa forma, os ratos continuam fora da toca tomando de assalto o Brasil. Até que não reste nada deste país. A escolha é sua, eleitor-contribuinte: ou sai da letargia e vai para a rua varrer os ratos políticos do poder, ou só restarão ao Brasil a fome, a doença e o caos promovido pelas ratazanas.


Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!


P.S.: Integridade não tem preço! O fundador do Blog do Papa não se submeteu ao lulopetismo e sua militância e não será agora que se submeterá aos marginais bolsonaristas!

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©2020 por Pedro Papastawridis em: Blog do Papa (blogdopapa.com).

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