Verão, calor e chuvas: uma mistura que exige cuidados redobrados contra o Aedes aegypti
- Pedro Papastawridis

- 22 de fev. de 2022
- 2 min de leitura
Chegamos a dois meses de temporada do verão 2022, que (graças a Deus) não tem sido tão quente aqui no Rio de Janeiro, mas tem sido muito chuvoso. Lamentavelmente, essas chuvas fortes e recorrentes vêm causando estragos na Região Serrana fluminense. Mas esse assunto será deixado um pouco de lado neste texto para abrir espaço a outro assunto igualmente preocupante: a proliferação do Aedes aegypti.
Para quem desconhece o que significa Aedes aegypti, trata-se do mosquito transmissor da Dengue e da Febre Amarela urbana. E ele costuma se proliferar com mais facilidade justamente em momentos que combinam calor e chuvas recorrentes, caso da temporada de verão.
Com as recentes chuvas que vimos em partes da Região Sudeste, sobretudo nas Regiões Metropolitana e Serrana do Rio de Janeiro, aumenta a quantidade de pontos de água que fica parada, o que acaba servindo de foco para reprodução e proliferação do mosquito transmissor da Dengue e da Febre Amarela. Com isso, também aumenta o risco de uma epidemia dessas duas doenças, além do risco de transmissão do Zika vírus e da Chikungunya, doenças que também possuem o Aedes aegypti como vetor.
Diante disso, o momento é de pessoas e Poder Público redobrarem os cuidados com o Aedes, já que se trata de um vetor de doenças que podem ser letais. Ademais, ainda vivemos um cenário epidemiológico em que a Covid-19 vem matando muitas pessoas e sobrecarregando a rede hospitalar em diversos pontos do país, o que reduz a capacidade de atendimento do sistema de saúde para lidar com outras doenças.
Diferentemente da Covid-19, que é transmitida diretamente entre as pessoas, as enfermidades transmitidas pelo Aedes aegypti precisam deste para se disseminarem. Portanto, é preciso eliminar os focos de proliferação do mosquito, evitando que água parada fique exposta. Alguns dos pontos de acúmulo de água que requerem mais atenção são:
Vasos de plantas;
Pneus;
Piscinas;
Caixas d’água destampadas; e
Vasilhas de água que alguns donos de cães e gatos costumam deixar em varandas e quintais.
Quanto ao Poder Público, não basta ignorar ou negar o risco de uma epidemia de Dengue, de Zika, de Chikungunya ou de Febre Amarela só porque o foco do sistema de saúde está na Covid-19. É preciso reforçar a fiscalização sanitária e a aplicação de produtos contra o Aedes aegypti nas residências, além de notificar e multar quem dá causa à proliferação do mosquito.
Se cada um fizer a sua parte, podemos vencer o Aedes aegypti. Basta querer e fazer!
Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!





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