2024 começa com olho vivo no combate à dengue no Brasil
- Pedro Papastawridis

- 8 de jan. de 2024
- 2 min de leitura
Com o verão avançando, forma-se um ciclo climático em diversas partes do Brasil que mescla as altas temperaturas com o aumento do volume de chuvas. Para agravar essa situação, ainda estamos passando por uma temporada de El Niño que vem batendo recordes nos termômetros e na sensação térmica.
Com isso, o território brasileiro se torna terreno fértil para a propagação do mosquito que transmite o vírus da dengue. E todo o cuidado é pouco com esse vírus, que pode até matar em alguns casos.
A título de ilustração do que o Brasil pode esperar em termos de propagação da doença, Singapura, país considerado referência no combate ao mosquito da dengue, passou durante seu último verão (junho a setembro de 2023) um sufoco para controlar a doença. Muitos especialistas nas áreas de saúde e meteorologia atribuem tal surto, que já havia ocorrido no verão singapurense anterior, às mudanças climáticas globais. No entanto, isso não exime o ser humano da responsabilidade em relação aos cuidados cotidianos necessários ao combate do Aedes aegypti, enfrentamento que agora conta com um outro aliado para lidar com a dengue: a vacinação.
Em março do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) havia aprovado o registro da vacina preventiva da dengue Qdenga, da empresa Takeda Pharma. Esse imunizante é composto por quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença, conferindo eficácia geral de 80,2% contra a dengue após 12 meses da segunda dose e redução das hospitalizações estimada em 90%.
Recentemente, o Ministério da Saúde incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) a vacina contra a dengue, estando previsto para fevereiro o início da vacinação contra a doença no âmbito nacional. Contudo, algumas localidades já vêm se antecipando a essa campanha, caso do município de Dourados (MS), no qual a vacinação contra a dengue começou neste mês.
Em vista disso, o Blog do Papa espera que esse esforço de vacinação contra uma doença tão recorrente em países tropicais como o nosso se torne uma iniciativa nacional permanente de saúde, incorporando esse imunizante ao calendário brasileiro de vacinação.
Ademais, não podemos esquecer da responsabilidade da sociedade em geral (governos, empresas e sociedade civil) no enfrentamento do agente propagador desse vírus (o Aedes aegypti), por meio de um conjunto de iniciativas que englobem a conscientização da população, a vigilância epidemiológica e a mitigação de focos de acumulação de água parada e limpa a céu aberto, como pneus, piscinas, caixas d’água e terrenos baldios. Somente somando forças é que seremos capazes de vencer a luta contra essa doença, com vacina no braço e de olho nos focos de acumulação de água parada!
Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!





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