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Telemedicina em tempos de Covid-19 e enquanto tendência na assistência à saúde

  • Foto do escritor: Pedro Papastawridis
    Pedro Papastawridis
  • 24 de ago. de 2020
  • 2 min de leitura

Com o avanço da Covid-19 pelo mundo, muitos países viram suas economias passarem por uma redução e readequação do ritmo em que operavam. Do turismo à agroindústria, empresas e profissionais tiveram que se reinventar, recorrendo, na medida do possível, ao uso da tecnologia para prosseguirem com seus negócios. E com a indústria da saúde não foi diferente.

De uma hora para outra, profissionais liberais, consultórios e clínicas tiveram que suspender diversas atividades relacionadas com a atenção à saúde. Quem conseguiu prosseguir com o atendimento presencial, precisou ajustar protocolos de atendimento, de maneira a proporcionar mais segurança aos clientes e mitigar riscos de contágio por Covid-19 em suas instalações. Todavia, quem conseguiu se estabelecer e impulsionar uma tendência nos serviços de saúde foi a telemedicina.

Numa breve consulta a normativos do Ministério da Saúde, é possível notar que o conceito de telemedicina é mais amplo do que o termo pode sugerir. Segundo o art. 2º da Portaria nº 467/2020, publicada pelo Ministério em março deste ano, a telemedicina pode contemplar o atendimento pré-clínico, de suporte assistencial, de consulta, monitoramento e diagnóstico, por meio de tecnologia da informação e comunicação tanto no âmbito do SUS quanto na saúde suplementar e privada.

Contudo, há que se ressaltar que cada conselho profissional possui competência para disciplinar a aplicação do conceito supracitado à sua respectiva área de atuação, devendo os profissionais vinculados a esses conselhos respeitar as disposições normativas dessas entidades. E isso vale não só para os médicos, mas também para enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, dentre outros profissionais que atuem na área da saúde.

Por meio das consultas remotas, é possível ampliar o acesso à saúde, fazendo com que profissionais possam atender pacientes separados pela distância e por restrições de locomoção impostas pela pandemia. Ademais, a telemedicina possibilita o apoio especializado a estabelecimentos de saúde que carecem de determinados profissionais, como ocorre com diversas unidades de atenção básica espalhadas pelo país, que, muitas vezes, contam somente com médicos generalistas.

Enquanto tendência, a telemedicina vem se mostrando uma abordagem capaz de oferecer respostas rápidas a mudanças no ambiente de negócios da indústria de saúde, atualizando a contento não só práticas de gestão e protocolos de atendimento em situações de crises sanitárias, mas também em decorrência da contínua evolução científico-tecnológica pela qual o setor de saúde passa.

Isso posto, entende-se que a telemedicina veio para ficar, devendo passar por aperfeiçoamentos legais, normativos e de gestão que permitam tanto ao SUS quanto à saúde suplementar e privada empregarem essa abordagem de maneira permanente com economicidade, eficiência, eficácia, efetividade e respeito a princípios éticos aplicáveis ao sistema social de saúde. Afinal de contas, saúde é bem-estar e respeito à vida, valendo-se, para isso, dos meios mais adequados para proteger e cuidar das pessoas.

Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!

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©2020 por Pedro Papastawridis em: Blog do Papa (blogdopapa.com).

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