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Sem ordem, sem progresso: até quando essa selvageria, Três Poderes?

  • Foto do escritor: Pedro Papastawridis
    Pedro Papastawridis
  • 28 de ago. de 2023
  • 3 min de leitura

Quem acompanha o Blog do Papa, sabe do compromisso que este site possui com a construção de uma sociedade voltada para a ordem e o progresso. E isso se deve ao fato de que, sem ordem, nenhuma sociedade será capaz de alcançar o progresso para todos. E uma sociedade que não for capaz de gerar progresso para todos estará condenada a um processo gradual de autodestruição. Basta olharmos a realidade de empresas cuja desordem interna levou essas organizações à extinção, ou a situação de países como Haiti, no qual guerras entre gangues o puseram à beira da falência social, que logo teremos evidências que corroboram as constatações aqui colocadas.


Dito isso, vamos ao que interessa!


No último sábado (26/08/2023), ocorreu na orla de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, o Show do Século, evento que integra um conjunto de celebrações pelos 100 anos do hotel Copacabana Palace.


Como atração principal do Show do Século, foi convidado o DJ Alok, DJ goiano considerado um dos melhores da atualidade e conhecido pela megalomania no emprego de efeitos tecnológicos com sons e luzes durante seus shows. Para tanto, foi montado em frente ao Copacabana Palace um palco em formato de pirâmide com mais de 30 metros de altura, do qual Alok conduziu um espetáculo com sucesso de público e de críticas.


Contudo, o evento também ficou marcado por uma realidade que aflige não só o Rio de Janeiro em seu dia a dia, mas a estabilidade do tecido social de diversos países da América Latina: a violência.


Com uma expectativa de público digna de um local que promove um dos maiores réveillons do mundo, foi montado para o Show do Século um grande esquema envolvendo transportes públicos, policiamento e controle de tráfego para receber cerca de um milhão de pessoas nas areias de Copacabana. Apesar disso, inúmeros furtos, roubos e arrastões ocorreram ao longo do evento, resultando na detenção e condução às delegacias da região de centenas de marginais, sendo muitos deles menores de idade.


O que causa mais perplexidade nessa sucessão de atos criminosos é que os marginais estavam se organizando pelas redes sociais bem antes do começo do evento e aos olhos de quem quisesse ver. No entanto, parece que as forças de segurança pública não foram capazes de agir com efetividade para coibir esses delitos, já que ocorreram inúmeros episódios de crimes praticados durante o Show do Século.


Para não ser injusto com as forças policiais, pois a responsabilidade pela segurança pública envolve um esforço coordenado dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) nas esferas federal, estadual/distrital e municipal, o Blog do Papa questiona até quando as forças políticas de nosso país atuarão de maneira letárgica em relação ao combate da criminalidade. Afinal de contas, é inadmissível que, ano após ano, trilhões de reais de tributos arrecadados da população brasileira não sejam suficientes para coibir a marginalidade nos mais diversos níveis de atuação. Qual é dificuldade de os Três Poderes somarem forças para formularem leis, implementarem políticas públicas e conduzirem de formas célere e eficaz processos judiciais que ajudem a combater o caos que a criminalidade vem estabelecendo no tecido social brasileiro?


Mantido esse nível de letargia com o qual o Poder Público vem combatendo a criminalidade em nosso país e avançando pautas que vão ao encontro dos interesses do crime organizado, caso da liberação do porte e consumo de drogas como a maconha, a tendência é o Brasil seguir rumo ao abismo social em que se encontram países como Equador e Argentina, nos quais a escalada da violência vem atentando contra a própria existência dos respectivos Estados nacionais.


Diante do exposto, ou a sociedade brasileira faz os atores dos Três Poderes descerem do palco midiático e os põe para trabalharem em prol da ordem e do progresso, com a implementação de leis, políticas públicas e ações judiciais mais rígidas e efetivas no enfrentamento da criminalidade em nosso país, ou o Brasil não soltará as mãos de Haiti, Argentina e Equador no abismo social.


Em tempo, não se enganem com os discursos polidos e igualmente ocos de agentes políticos e “influencers” em defesa do abrandamento da legislação penal e do desencarceramento de marginais. Os que defendem tais medidas não jogam a favor da sociedade, e sim da marginalidade. Quando o Brasil estiver num caminho de desagregação sem retorno por conta de tais excrescências defendidas por esses atores, os mesmos que defenderam o abrandamento da legislação penal e o desencarceramento de marginais se refugiarão no “Norte Global” que tanto criticam nas rodas de conversa da hipocrisia, enquanto o resto de nós ficaremos na lama.


Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!

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