Quem tem medo da CPMI dos atos de 8 de janeiro?
- Pedro Papastawridis
- 24 de abr. de 2023
- 2 min de leitura
Após quase 4 meses dos atos golpistas promovidos em Brasília, deputados e senadores resolveram sair da zona de conforto legislativo em que se encontravam e devem instalar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar os atos e fatos que desembocaram no 8 de janeiro de 2023.
Para tanto, estima-se que a CPMI seja instalada ainda nesta semana, sendo composta por 16 deputados federais e 16 senadores, respeitando na composição dessa comissão a proporcionalidade das bancadas político-partidárias nas duas casas legislativas.
Ainda sobre os atos golpistas do último 8 de janeiro, há muito sinal trocado vindo de ambos os lados que se acusam em relação à responsabilidade por esse episódio, ou seja, bolsonaristas e lulopetistas. E isso se deve às constantes idas e vindas de políticos dos dois lados, ora defendendo a instalação da CPMI, ora tergiversando sobre a importância de se apurar os fatos e dados desse evento atentatório ao nosso Estado Democrático de Direito.
Enquanto isso, cerca de 210 milhões de brasileiros ainda esperamos respostas a uma série de dúvidas que ainda estão no ar por conta desse 8 de janeiro nebuloso de nossa democracia, a começar pelo seguinte: quem, por ação ou omissão, contribuiu decisivamente para o movimento golpista que desembocou na depredação da Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023?
Mesmo que a vida siga regularmente para muitos de nós, cidadãos trabalhadores e pagadores de impostos, o mal do golpismo deve ser cortado pela raiz, sob o risco de a omissão contribuir para a disseminação desse mal para outros setores da vida nacional. Por isso, é preciso que os Três Poderes deem uma resposta dura não só a quem participou da depredação de Brasília em 8 de janeiro, mas sobretudo a quem arquitetou esse estado de coisas.
Portanto, ou essa CPMI sai do papel e produz resultados práticos e efetivos contra quem atenta contra a democracia brasileira, ou nosso país estará sujeito a se tornar uma república bananeira dominada por projetos de ditadores, bem nos moldes do que vemos atualmente em países como Venezuela, Nicarágua e Rússia.
Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!
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