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Qual dos dois lobos você quer que prevaleça em nosso país?

  • Foto do escritor: Pedro Papastawridis
    Pedro Papastawridis
  • 16 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

Um tempo atrás, este que lhes escreve havia comentado uma história envolvendo um sábio índio ancião e seu neto. Trata-se de um conto cuja origem remonta a uma lenda do povo indígena Cherokee, nativo do atual território dos Estados Unidos, e tem como tema a batalha espiritual que travamos dentro de nós mesmos.


Segundo o sábio índio, a nossa batalha interna se assemelha a dois lobos, sendo um bom e o outro mau. O bom traz consigo próprio sentimentos como a paz, a alegria, a felicidade, o otimismo, a honestidade e a fraternidade, enquanto o lobo mau está repleto de ódio, tristeza, pessimismo, deslealdade e egoísmo.


Em determinado momento da conversa, o jovem índio reflete sobre a história dos dois lobos e pergunta a seu avô qual dos dois lobos vence. E a resposta do ancião foi:


- Aquele que você alimenta!


Pensando nessa história, refletindo sobre o seu conteúdo e contextualizando com a realidade de nosso país, a nossa sociedade precisa ponderar sobre os lobos que vêm lutando entre si no dia a dia do Brasil e decidir qual deles vencerá a batalha. Afinal de contas, o inconformismo que a população manifestou com a corrupção sistêmica identificada pela Lava Jato e que serviu de discurso eleitoral para a promoção e eleição de Jair Bolsonaro não pode ser engolido pelo ódio que este e sua militância vêm nutrindo nos diversos espaços de convívio social.


Tiramos o PT e suas falanges do poder por acreditarmos que eles representavam o lobo mau e que era preciso ajudar alimentar o lobo bom para este vencer. E não para que outro lobo mau e suas falanges ocupassem o espaço deixado pelo PT e se alimentassem à custa do erário, da fome de milhões de brasileiros e da morte de tantos outros pela doença, pela violência e pela incompetência de Jair Bolsonaro e seus aspones.


Fechar os olhos para a catástrofe econômica e social pela qual o país vem passando, manifestada pela perda de PIB e renda per capita, pela escalada da inflação na base da pirâmide social, pelo sucateamento do sistema público de saúde em todos os níveis, pela evasão escolar e pelo aumento da pobreza e da concentração de renda é ignorar que viver em sociedade é viver entre sócios. Juntos e solidários é que somos mais fortes, e não divididos pelo egoísmo, a indiferença e o ódio. Isso só interessa aos grupos políticos que governam o país e para os quais a fome, o desemprego e a miséria passam longe ou nas novelas.


Diante do exposto, a força das ruas de junho de 2013 precisa voltar logo, a fim de garantir que o lobo bom se alimente e recupere as condições de impulsionar o Brasil na direção das nações mais ricas, desenvolvidas e civilizadas. Sem isso, só restará o lobo mau com seu espírito carregado de ódio, tristeza, pessimismo, deslealdade e egocentrismo.


Pensem nisso e aproveitem o momento de queda do nosso país para transformar essa queda num passo de dança. Mobilizem-se e mostrem aos clãs que se perpetuam no poder (os Bolsonaros, os Sarneys, etc.) que todo o poder emana do povo e a este deve servir. Do contrário, não adiantará chorar e se lamentar pela queda e o lobo mau que bate à porta.


Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!

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©2020 por Pedro Papastawridis em: Blog do Papa (blogdopapa.com).

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