Qual Brasil irá às ruas (e sairá delas) no próximo 04 de junho?
- Pedro Papastawridis
- 31 de mai. de 2023
- 3 min de leitura
Com quase cinco meses de mandato presidencial concluído, Luiz Inácio Lula da Silva vem dando sinais de que, a exemplo de Jair Messias Bolsonaro, será um governo mais preocupado em governar para a própria torcida do que para a integralidade do povo brasileiro. Saiu o projeto de poder da “República de Rio das Pedras” bolsonarista, mas esse deu lugar a um lulopetismo com iguais pretensões ditatoriais alicerçadas em “aos amigos, tudo e aos inimigos, a Lei, os impostos e o rigor do STF”.
Enquanto isso, milhões de pessoas convivem com a fome, o desemprego e a informalidade. Em quase metade das unidades da federação, há mais beneficiários do Bolsa Família que trabalhadores com carteira assinada, o que aumenta o risco fiscal e o de quebra do sistema previdenciário a longo prazo, onerando o já elevado custo Brasil para pessoas e organizações que querem investir e produzir, na medida em que arcam com o crescente peso de um Estado dominado por interesses políticos fisiológicos e corporativistas.
Diante desse quadro e com o propósito de se contrapor a esse estado de coisas que vem transformando o Brasil num Absolutismo fantasiado de Estado Democrático de Direito, movimentos sociais de centro e de direita vêm promovendo nas redes sociais uma mobilização popular para o próximo dia 04 de junho. Sob o lema “Democracia, Liberdade e Justiça”, esses movimentos sairão às ruas no próximo domingo para reafirmarem a importância de um Estado Democrático de Direito em que o poder emana do povo, e não das cúpulas dos Três Poderes da República. Além disso, algumas pautas devem ser postas durante essas manifestações, dentre as quais podemos destacar:
O combate ao Projeto de Lei n° 2.630/2020 que, uma vez apropriado por interesses diversos do combate às fake news, passou a contar com mecanismos para turbinar a monetização de veículos de comunicação e a censura a conteúdos em redes sociais;
Repúdio às tentativas de o Poder Judiciário avançar sobre funções típicas do Poder Legislativo por meio de atos administrativos e decisões judiciais;
Repúdio à perseguição político-jurídica que agentes públicos em sentido amplo vêm sofrendo por apoiarem o combate à corrupção;
Repúdio ao alinhamento do Governo Lula com projetos ditatoriais e genocidas de países como Venezuela, Rússia, China e Nicarágua; e
Defesa da liberdade de expressão.
Contudo, a questão central a ser respondida no âmbito dessas manifestações programadas para o próximo dia 04 é qual Brasil pretende ir para as ruas nesse dia, uma vez que será esse Brasil que pautará os acontecimentos políticos subsequentes a curto e médio prazos.
Se o Brasil do próximo 04 de junho for o dos anos 2013, 2015 e 2016, é grande a chance de uma reconstrução socioeconômica e moral do nosso país tanto pelas ruas quanto pelas urnas em 2024 e 2026.
No entanto, se o próximo domingo for esvaziado, apropriado pela agenda da extrema-direita bolsonarista ou sabotado por infiltrados (caso dos Black Blocs em 2013), o que restará do nosso país nos próximos anos será o Brasil do:
Conchavo político entre Executivo e Legislativo;
Do acordão entre as cúpulas dos Três Poderes em benefício próprio e contra os opositores;
Do “café com leite” entre Lula e Bolsonaro para se alternarem à frente do poder;
Da benevolência do STF com aliados do establishment;
Do rigor do Xandaquistão contra quem se opõe ao establishment; e
Da burocracia e da alta carga tributária para sustentar as mamatas de agentes políticos e seus apadrinhados.
Não se omita em relação ao futuro do país e exerça sua cidadania plena no próximo dia 04 de junho! Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!
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