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O que pesará mais nas Eleições 2022? Serão os mitos, ou as verdades sobre o Brasil atual?

  • Foto do escritor: Pedro Papastawridis
    Pedro Papastawridis
  • 16 de mai. de 2022
  • 3 min de leitura

Faltando menos de 5 meses para as Eleições 2022, marqueteiros e estrategistas políticos intensificam os levantamentos acerca das percepções do eleitorado sobre o Brasil atual, para entenderem o que mais pesará na decisão do eleitor em votar em alguém e modularem discursos e narrativas políticas até outubro.


Diante disso, a população precisa estar minimamente informada e preparada para não cair numa armadilha eleitoral promovida por estelionatários que buscam fazer da política uma ótima forma de subtrair o que é do povo. Afinal de contas, o Brasil não possui mais o direito de errar nas urnas, visto que o país já se encontra à beira do abismo social.


Para começar, pensemos na escalada do custo de vida em geral, representada pela alta de preços de itens essenciais à sobrevivência da população, sem que isso venha acompanhado de um ganho de renda que mantenha a nossa capacidade de consumir o mesmo que consumíamos há uma década. A tabela 1 mostra o quanto uma nota de R$ 100,00 perdeu de poder de compra entre 2012 e 2021, tendo como referência a corrosão do poder de compra provocada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Tabela 1: Perda do poder de compra entre os anos 2012 e 2021 (fonte: elaboração do autor, com base nos dados de IPCA publicados pelo IBGE).


Traduzindo a tabela 1 de maneira bem sintética, o poder de compra de R$100,00 foi corroído quase pela metade entre 2012 e 2021, restando ao cidadão ao final de 2021 uma capacidade de compra que R$ 55,61 possuíam em 2012.


Um outro efeito provocado pela inflação na sociedade brasileira como um todo é o do agravamento da concentração de renda e riqueza nas mãos de poucos. Enquanto metade da população brasileira sequer detém 1 salário mínimo per capita/mês (R$ 1.212,00), um deputado federal ou senador recebem mensalmente uma renda que os coloca entre os 1% mais ricos do país, sendo este segmento detentor de 25% de toda a renda produzida no Brasil.


Obviamente que os dados acimas não passam despercebidos por marqueteiros, estrategistas e partidos políticos do status quo, que tentarão produzir narrativas que ignoram o agravamento das disparidades sociais provocados pela inflação e o menosprezo com que a classe política brasileira trata os interesses coletivos da nação. Dirão que tudo isso é culpa da Covid-19, da Ucrânia e da Petrobras.


Mas a conta da carestia e das mamatas que Presidente da República, deputados federais, senadores e ministros de tribunais superiores de Brasília possuem à custa do empobrecimento da população brasileira tende a chegar nas urnas, robustecida pelo agravamento de outros problemas sociais, como a violência urbana, a precarização de serviços públicos e a impunidade de quem possui renda e bons advogados para fugir do peso da Justiça e dos presídios brasileiros. Em cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo, uma passada de olho pelos problemas do cotidiano da maioria da população logo observa:


  • Transportes públicos caros e em processo de sucateamento;

  • Escalada do poder paralelo das narcomilícias;

  • Crescimento da população de rua por diversas partes das cidades; e

  • Avanço das cracolândias e dos crimes praticados por usuários de crack.


Por fim, outro elemento que ainda terá peso nas decisões de uma parte do eleitorado, sobretudo a classe média brasileira, é a pesada carga tributária, que hoje se apropria de quase 40% da renda do trabalhador brasileiro. Se os serviços públicos tivessem a qualidade dos serviços públicos escandinavos, 40% de carga tributária não seria tão penoso. Contudo, o cidadão brasileiro paga isso de impostos, taxas e contribuições e ainda se vê obrigado, muitas vezes, a buscar uma creche ou uma escola particular para seus filhos, contratar um plano de saúde, ou ajudar a custear uma segurança privada no bairro onde mora. Com isso, resta muito pouco para cultura, esportes, lazer e viagens, conduzindo o brasileiro das classes C, D e E para uma situação de busca pela sobrevivência.


Em suma, eis o Brasil que muitos tentarão ocultar nas urnas em outubro próximo, já que o mais importante para quem faz da política um ótimo negócio é conquistar os votos do eleitor e se apropriar do cofre onde os nossos impostos são depositados. Pensem nisso e não caiam em outubro nos mitos que tentarão criar sobre o Brasil! A verdade é o que realmente importa e nos libertará desses canalhas.


Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!

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©2020 por Pedro Papastawridis em: Blog do Papa (blogdopapa.com).

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