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Na era da transformação digital, até o golpe do falso emprego "se digitalizou"

  • Foto do escritor: Pedro Papastawridis
    Pedro Papastawridis
  • 27 de jun. de 2022
  • 3 min de leitura

Quem já passou dos 30, tal como este que lhes escreve, já deve ter lido bastante a parte dos classificados de jornais impressos, seja em busca de um emprego, seja em busca de uma boa oportunidade de negócios.


No caso dos classificados de empregos, havia jornais que, até, davam destaque a oportunidades de emprego e carreiras em dias específicos da semana, o que atraía pessoas em busca de uma vaga de trabalho e empresas e consultorias de RH em busca de uma boa vitrine para atração de talentos.


Contudo, tal espaço midiático também despertava as atenções e a atuação de golpistas, que divulgavam falsas vagas de emprego para atraírem vítimas e subtraírem dados pessoais e recursos de candidatos em busca de trabalho.


Nos dias atuais, a busca por vagas de trabalho em classificados impressos caiu um pouco em desuso, dada a transformação digital pela qual os processos seletivos de empresas e consultorias vêm passando. Muitas das instituições recrutadoras possuem sites especializados em recrutamento e seleção de talentos, nos quais os candidatos cadastram e enviam seus currículos, são convocados e participam de uma ou mais etapas do processo seletivo promovido por órgãos e consultorias de RH a serviço das empresas demandantes. E isso se deve não só à ampliação do alcance que a Internet proporciona para quem busca ou oferece vagas de trabalho, mas também ao barateamento dos custos unitários e globais dos processos seletivos, se comparados com seus similares "analógicos".


Apesar do exposto acima, ainda existem quadrilhas do falso emprego que oportunizam a necessidade alheia em proveito próprio e à custa do prejuízo das vítimas. Pior: agora operam no mundo digital também, seja por meio de falsos sites de recrutamento e seleção, seja por meio de malas diretas disparadas por e-mail, SMS e WhatsApp. Para atraírem as vítimas mais facilmente, essas quadrilhas divulgam anúncios que, geralmente, apresentam 3 características "altamente sedutoras" para quem busca trabalho:


  1. Oportunidades de trabalho com salários e benefícios bem acima dos praticados pelo mercado;

  2. Trabalho com jornada reduzida e/ou em regime de home office; e

  3. Uso indevido do nome de instituições bastante conhecidas ou com boa reputação no mercado, como Amazon, Magazine Luiza, Mercado Livre e Sebrae.


Em vista disso, ficam algumas dicas para evitar cair no golpe do falso emprego, não importando se a oferta surgiu num anúncio de jornal, colada num poste, ou postada no WhatsApp:


  1. Grandes empresas e consultorias de RH não costumam recrutar por mala direta. Elas possuem canais específicos por meio dos quais recrutam e selecionam os talentos de que precisam;

  2. Quando uma empresa ou consultoria de RH deseja expandir o alcance do anúncio de suas vagas, costuma-se recorrer a feiras de empregos e estágios e espaços publicitários de mídias especializadas, como periódicos setoriais em formatos físico ou eletrônico;

  3. No caso de cargos de hierarquia mais elevada ou com natureza mais estratégica, o recrutamento costuma ser feito de maneira mais qualificada, mediante emprego de consultorias ou headhunters; e

  4. Se você não se colocou à disposição de ofertas de trabalho de uma determinada empresa, a empresa não irá atrás de você, sobretudo no caso de profissões onde há mais oferta que demanda por mão de obra.


Isso posto, fique atento e evite responder mensagens que chegam até você oferecendo algo de quem você não estava buscando, pois é por meio da engenharia social e da disseminação de malwares em links de mensagens eletrônicas que golpistas roubam dados e valores das vítimas do falso emprego.


Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!

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©2020 por Pedro Papastawridis em: Blog do Papa (blogdopapa.com).

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