Ataques de hackers e os cuidados para você e o Brasil não virarem o Eldorado dos golpistas virtuais

Na última sexta-feira (13/08/2021), enquanto este que lhes escreve estava trabalhando, chegou uma mensagem da Microsoft sobre uma tentativa de acesso a uma de minhas contas com eles. O IP informado pela empresa indicava se tratar de uma tentativa indevida de acesso proveniente de um equipamento situado numa região italiana muito conhecida por seus queijos e vinhos, mas na qual nunca estive.

Obviamente, informei que o acesso não era meu e, por prudência, acessei o site da Microsoft e alterei a senha.

Atualmente, não são só as pessoas e empresas que sofrem com meliantes que operam dos becos da rede mundial de computadores. Governos também têm que lidar com ataques cibernéticos dos mais variados tipos, já que as bases de dados que possuem e o conhecimento que administram dos territórios em que atuam são muito valiosos para hackers, estelionatários, empresários inescrupulosos e, até, grupos terroristas. A título de ilustração, sites e bases de dados de instituições como Tesouro Nacional, INSS, Banco Central e empresas estatais brasileiras são constantemente atacados e, em casos pontuais, invadidos. Mas essas instituições possuem protocolos de segurança da informação que ainda dão conta do recado e previnem vazamentos de dados (e o povo brasileiro espera que assim permaneça).

Infelizmente, situações como essas ocorrem todos os dias com milhões de pessoas e organizações mundo afora, causando perda de tempo com verificações de segurança e reforço nas medidas de segurança da informação e, nos casos em que alguns se desesperam, até a perda de dinheiro. Isso é um dos reflexos de um mundo cada vez mais conectado, no qual a tecnologia se tornou a base do desenvolvimento socioeconômico. E grandes poderes geram grandes responsabilidades, sobretudo em relação à implementação de um gerenciamento de riscos que seja capaz de prevenir as ações de marginais que operam das sombras da Internet a serviço próprio e/ou de organizações criminosas.

Em vista disso, o Blog do Papa recomenda algumas medidas importantes para que as pessoas evitem cair em golpes virtuais e, assim, facilitem a vida de criminosos, não importando se estes operam de um PC do interior de uma barraquinha, de uma lojinha no interior no país, ou de um home office na Itália ou no Irã. São elas:

1. Evite acessar sites que não possuam política de privacidade em relação aos dados pessoais de quem os acessa, tampouco deem a opção ao usuário de configurar os cookies que o site utiliza. A Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018) estabelece em seu art. 7º, inciso I, que o tratamento de dados pessoais só pode ser realizado com o consentimento do titular desses dados.

2. Evite clicar em links de procedência duvidosa que chegam por SMS, e-mail, WhatsApp, etc. Em muitos casos, esses links carregam vírus e demais malwares que infectam computadores e celulares e passam a utilizar esses dispositivos para capturarem dados pessoais do proprietário e de seus contatos.

3. Estabeleça uma rotina de revisão periódica de senhas que utiliza, optando por adotar senhas alfanuméricas, como letras maiúsculas e minúsculas e com caracteres especiais.

4. Também adote em seus acessos a autenticação de dois fatores (2FA), recurso oferecido por vários prestadores de serviços online que acrescentam uma camada adicional de segurança ao acesso em contas, geralmente com o emprego de uma senha e de códigos enviados por SMS e e-mail, ou gerados em aplicativos.

5. Estabeleça uma rotina de varredura com antivírus em seus dispositivos (smartphone, PC, notebook, etc). Alguns serviços de proteção antivírus permitem que você os contrate para uso em vários dispositivos ao mesmo tempo, o que minimiza os riscos de ataques de malwares.

6. Por fim, jamais negocie com bandidos, principalmente os que operam no meio virtual. Além de se apropriarem de seus dados e seu dinheiro, eles somem e você ainda ficará nas mãos deles eternamente. Dessa forma, caso receba alguma ameaça por e-mail ou celular, colete o máximo de informações que puder e reporte aos órgãos de segurança pública. Afinal de contas, bandido é bandido e cadeia é o lugar dele!

Portanto, viva a vida, mas sem deixar as cautelas de lado em relação à segurança de seus dados. Agindo assim, você dificulta a vida dos errados e facilita o trabalho das polícias e da Justiça.

Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!