A importância do sono para um bom dia
- Pedro Papastawridis

- 28 de ago. de 2020
- 2 min de leitura
Quando se fala em saúde e bem-estar, é quase uma unanimidade entre cientistas e pesquisadores a importância de uma boa noite de sono. Há estudos que chegam a mensurar o tempo médio de sono em grupos populacionais, segmentando-os por países e regiões, sexo e faixa etária, com vistas a estabelecer correlações entre a incidência e persistência de determinadas doenças e a qualidade do sono de um indivíduo.
Porém, quais são os danos que uma noite mal dormida podem realmente provocar no bem-estar físico e mental, além de uma sensação de ressaca ou de um dia de trabalho pouco produtivo?
Numa pesquisa publicada no periódico Journal of Neuroscience, cientistas realizaram experimentos com grupos de camundongos para avaliar os impactos da qualidade do sono sobre o cérebro desses roedores. Para isso, os camundongos foram separados em quatro grupos distintos: no primeiro, os roedores dormiam e acordavam naturalmente; no segundo, eram acordados após 8 horas de sono ininterrupto; no terceiro, os camundongos tentavam dormir naturalmente, mas eram mantidos acordados por mais 8 horas, de maneira a simular uma situação de sono desregulado; e no quarto grupo, os animais permaneciam acordados por cinco dias ininterruptos.
Como resultado desses experimentos publicados no Journal of Neuroscience, os pesquisadores constataram que a “faxina” pela qual o cérebro passa enquanto os camundongo dormem, que é similar à faxina que ocorre no cérebro humano, era mais eficiente e eficaz nos dois primeiros grupos, visto que os roedores conseguiram descansar adequadamente em ambas as situações (naturalmente e com 8 horas de sono). Quanto aos grupos 3 e 4, onde houve privação do sono nos animais, a faxina produzida por micróglias e astrócitos também atuava em sinapses cerebrais responsáveis pelo processamento de lembranças e aprendizados de maior relevância.
Resumindo o exposto acima, quando o sono não é adequado, o risco de o cérebro causar danos a si próprio aumenta. E isso vai comprometendo a nossa capacidade de processar informações e tomar decisões com agilidade e qualidade.
Mais detalhes sobre o estudo supracitado podem ser acessados por meio de reportagem da Revista Super Interessante no seguinte link: <https://super.abril.com.br/saude/quando-nao-dormimos-o-suficiente-nosso-cerebro-comeca-a-comer-a-si-proprio/>. No mais, descansem bem e carpe diem!
Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!





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