A batalha do 5G em solo tupiniquim e o que você tem a ver com isso
- Pedro Papastawridis
- 28 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Com o desenvolvimento das tecnologias ligadas às telecomunicações, bilhões de pessoas se beneficiaram com o acesso cada vez mais rápido e barato à informação. Bastou um pouco mais de 10 anos após a privatização do Sistema Telebras, por exemplo, para o brasileiro trocar as cartas e os orelhões por um smartphone com aplicativos de e-mail e redes sociais e conexão à Internet que custa menos por mês do que custava adquirir uma linha telefônica da Telerj.
Obviamente, as organizações dos diversos setores da vida social também ganharam com esses avanços tecnológicos, seja porque os custos de transação diminuíram, resultando no barateamento de produtos e serviços e no aumento do alcance do mercado consumidor, seja porque possibilitou à inteligência de negócios o desbravamento de um mundo cada vez mais dinâmico e conectado a um preço que as instituições podem pagar.
Nesse contexto, portanto, o surgimento de novas tecnologias e o contínuo aprimoramento das já existentes são a chave para o mundo continuar eliminando barreiras de comunicação, aproximar pessoas distantes por milhares de quilômetros e facilitar a troca de conhecimento e experiências. Sem uma infraestrutura robusta de Internet, capaz de prover altas velocidades de conexão com o mínimo de intercorrências, o mundo jamais conseguiria continuar desenvolvendo e ofertando soluções para as mais diversas necessidades humanas em meio à pandemia de Covid-19. E é aí que passamos a entender melhor a batalha de empresas e países em torno da tecnologia 5G.
A tecnologia 5G se trata de uma evolução natural da tecnologia 4G, que começou a ganhar corpo no Brasil a partir de 2010 e se tornou uma realidade acessível para empresas de todos os portes e as classes média e alta brasileiras. O 4G possibilitou ganhos em velocidade de conexão que permitiram, por exemplo, baixar os mais diversos conteúdos da Internet, realizar transmissões online (como as lives tão difundidas em tempos de Covid-19) e fazer com mais agilidade e estabilidade tarefas como ouvir música, assistir séries do Netflix, etc. Com a popularização do 5G, são esperadas novas possibilidades de usos da Internet, novos modelos de negócios e uma evolução ainda maior em tecnologias como o IoT (Internet das coisas), a inteligência artificial e a computação cognitiva.
Para que isso se concretize, países como Estados Unidos e China vêm rivalizando tanto na economia quanto na geopolítica para abastecerem os países com soluções em infraestrutura 5G. Além disso, empresas e fundos de investimentos vêm adquirindo participações e fechando parcerias com empresas de diversos países para terem maior facilidade político-legal para internalizar suas soluções em tecnologia 5G nos países-alvo. Isso ajuda a entender, por exemplo, o interesse de americanos e chineses e de um fundo soberano de Cingapura pelo braço de infraestrutura que a Oi vem modelando para prover Internet 5G para todo o Brasil.
E o que você, cliente pessoa física ou jurídica, tem a ver com isso? Tem tudo a ver, pois toda essa “batalha” tecnológica, concorrencial e geopolítica se dá em torno de maior capacidade, agilidade e menores custos para prover soluções em tecnologias da informação e comunicações para pessoas, empresas e governos em todo o mundo. Afinal de contas, informação é poder, tecnologia ajuda a dar maior sustentação ao poder e quem provê a tecnologia passa a ter controle sobre esse poder.
Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!
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